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A revolução da gastronomia peruana


Numa catedral de Cusco, capital sagrada dos incas a 3.400 m de altitude, há um quadro do século XVIII, A Última Ceia, do pintor cusquenho Marcos Zapata, que se inspirou em Leonardo Da Vinci, mas não tem quase nada a ver com santificação, pois o que ele queria era retratar a dominação espanhola. Por isso, Judas aparece pincelado com o rosto de Francisco Pizarro, um indivíduo analfabeto e criador de porcos, convertido pela Espanha imperial em colonizador dos Andes. É ele que, intimidante, olha para o espectador, enquanto esconde, na mão direita, uma sacola que sugere a sua avidez pelo vil metal.

Mas essa ceia inca tem também pão de trigo, milho, frutas tropicais e muitos outros alimentos interessantes. No centro da mesa, está o cuy assado, o porquinho-da-índia que é prato forte da culinária peruana.

Com os espanhóis dominando os peruanos, nem sempre foi fácil para eles manterem as suas tradições e uma delas foi manter a comida dos seus avós. Assim, o quadro de Marcos Zapata pode ser chamado de a “pintura da resistência”.

Hoje o Peru tem vários chefs famosos no mundo todo, e um deles é Gaston Acurio, dono de famosos restaurantes no país e também no exterior.

Atualmente ninguém no mundo desconhece o ceviche, um prato de destaque na gastronomia andina, feito de peixe cru marinado em suco cítrico. Em poucos anos, a arte de cozinhar e promover os ingredientes nacionais transformou a gastronomia peruana em assunto acadêmico, tema de moda e sinônimo de carreira promissora.

Os pais já não querem os filhos doutores ou engenheiros, mas sim de avental. Os jornais criaram seções especiais sobre gastronomia e restaurantes. Os programas de rádio e televisão, com cozinheiros, batem recordes de audiência. Os chefs tornaram-se mais influentes do que políticos e atores.

Fora das suas fronteiras, a comida peruana é capa de revistas prestigiadas, tem devotos como Ferran Adriá e especialistas que já lhe atribuem o título de “melhor gastronomia da América Latina”.

Na capital peruana, continuamente nascem boulevards gastronômicos para todas os bolsos e gostos. Na rua, os vendedores ambulantes oferecem iguarias como  espetinhos de coração de vaca – anticuchos – e os turistas, ao experimentarem, acabam aprovando.

Existem mais de 12 mil cevicherias em Lima. Hoje não é mais uma suspeita, mas sim um fato: 42% das pessoas que visitam o Peru o fazem para passar um tempo comendo bem, ou seja, aproveitar os orgasmos do paladar!

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