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Anita Malfatti: 100 anos de Arte Moderna


No dia 8 de fevereiro de 2017 foi aberta a mostra Anita Malfatti: 100 anos de Arte Moderna no Museu de Arte Moderna (MAM) com 70 obras da pintora.

A curadora da exposição, Regina Teixeira de Barros, comentou: “Anita Malfatti tornou-se uma mártir aos olhos do modernismo, mas, hoje, não se pode mais pensá-la dessa maneira. Sem dúvida, ela foi bem introvertida, não era socialite como foi Tarsila do Amaral, nem fez seus modelitos nos melhores costureiros. Essa mulher aprendeu a falar inglês, alemão e francês, e viveu sozinha em Nova York, Berlim e Paris.

Organizei a mostra seguindo três eixos, começando na década de 1910 e seguindo até a produção que ela elaborou nos anos 1940 e 1950 até a sua morte em 1964. Até 1917, as exposições em São Paulo eram de um modernismo bem moderado. Não havia nada que abalasse o status quo. A partir do salão na rua Líbero Badaró, em 1917, Anita Malfatti ajudou a mudar os rumos do modernismo no País.

Ela voltou ao Brasil depois de ter vivido na Alemanha e nos Estados da América (EUA), onde estudou muito e se inspirou nos movimentos vanguardistas, como o expressionismo e o fauvismo. Anita foi aluna de um importante ator do expressionismo alemão, ou seja, Lovis Corinth. Estas influências podem ser notadas na mostra nos seus trabalhos como O Farol (1915) e O Japonês (1915/16), que foram expostos em 1917. No mesmo período, ela também começou a apresentar as temáticas nacionalistas em algumas das suas criações. Esse é o caso do pastel O Homem de Sete Cores (1915/16) ou a tela Tropical (1916).”

Em 1917, ela foi duramente criticada por Monteiro Lobato, que escreveu: “Malfatti está mais para ser uma estrela cadente, dessas que brilham um instante, as mais das vezes com a luz de escândalo para depois se perder nas trevas do esquecimento.”

Ele estava muito errado…

Mas outros críticos importantes da época, como Sérgio Milliet, seguiram outro pensamento. Ele a elogiou bastante e aí ela conseguiu uma bolsa para estudar em Paris, tendo ficado cinco anos na capital francesa. Dai para frente, nota-se que Anita foi muito influenciada por artistas franceses, como Matisse. O pintor, por sinal, foi uma clara referência para a sua obra Interior de Mônaco (1925). Das suas pinturas de paisagens daquela época, também se explicam as menções à obra de Albert Marquet, como em Porto de Mônaco (1925).

No terceiro bloco da mostra criada por Regina Teixeira de Barros apresentaram-se as obras de Anita Malfatti depois que ela voltou ao Brasil, quando não ficou mais presa às indagações do modernismo dos anos 1920 e voltou-se para uma pintura mais espontânea.

Você, caro(a) leitor(a) da Criática, conseguiu ver a mostra no MAM?

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