Chega aos palcos School of Rock, de Andrew Lloyd Webber
Andrew Lloyd Webber, agora com 67 anos, é o famoso compositor de musicais como Cats, Evita e O Fantasma da Ópera, que possuí o título de lorde e barão no reino Unido, sua terra natal, com um patrimônio estimado em cerca de US$ 1 bilhão.
Apesar de tudo isso, muita gente poderia pensar que ele seria a pessoa menos provável para produzir e compor um musical sobre alunos reprimidos de uma escola preparatória que aprendem sobre superação com um heterodoxo professor substituto. Mas ele fez isso com a estreia, em 6 de dezembro de 2015, do seu novo musical na Broadway, em Nova York, ou seja, School of Rock (Escola do Rock).
Foi preciso investir nesse musical cerca de US$ 16 milhões e Lloyd Webber explicou: “Não escrevi uma partitura que vai mudar o mundo ocidental ou a música como a conhecemos atualmente. Entretanto, espero que depois desses dez anos que não apresento nenhum novo espetáculo, as pessoas possam se divertir muito com esse.
Quero lembrar a todos que assisti ao filme School of Rock, escrito por Mike White e dirigido por Richard Linklater, mais de 40 vezes e sempre quis transformá-lo em um musical. Além disso, o meu pai William, que foi diretor da London School of Music quando eu era criança, me levou para ver o Prisioneiro do Rock, com Elvis Presley, fez com que eu acompanhasse a série de TV britânica Oh, Boy!, na qual pude ver talentos emergentes como Cliff Richard e Brenda Lee se apresentarem no decrépito Hackney Empire, em Londres. E ainda mais tarde, junto com Tom Rice, foi possível gravar o álbum conceito original de Jesus Cristo Superstar – que na época foi qualificado de revolucionário e sacrilégico – no Olympic Studios, em Londres, ao lado do Led Zeppelin.
Tudo isso, acredito, me qualifica para que se aceite bem o meu musical School of Rock, não é?”
Claro que Andrew Lloyd Webber já experimentou alguns insucessos ou fracassos, como foi o caso de The Woman in White (A Mulher de Branco), uma história de mistério que teve só (!?!?) 100 apresentações na Broadway entre 2005 e 2006, além de Love Never Dies (Amor Nunca Morre), sua sequência de O Fantasma da Ópera que foi friamente recebida pelo público e apresentada em várias partes do mundo, mas ainda não foi montada em Nova York!?!?
O fato é que tudo indica que Andrew Lloyd Webber conseguiu se recuperar de seu câncer de próstata, que não sofre mais com os problemas nas costas e que tem mais disposição agora para ir aos clubes de Londres para assistir o que estão apresentando os novos artistas, com o que ele está podendo se inspirar bastante para apresentar novos trabalhos, pois, sem dúvida, ele é uma das pessoas mais criativas do mundo envolvidas com os musicais apresentados nos teatros!!!
Engenheiro, mestre em estatística, professor, autor de dezenas de livros, gestor educacional, palestrante e consultor. Editor chefe da Revista Criática.