Como combater a infelicidade
O escritor norte-americano William Davies lançou o livro The Happiness Industry: How the Government and Big Business Sold us Well Being (em uma possível tradução A Indústria da Felicidade: Como o Governo e Grandes Empresas nos Venderam Bem-Estar), no qual destacou que para as empresas norte-americanas, combater a infelicidade sai muito caro. Elas gastam algo próximo de US$ 500 bilhões com programas de engajamento e motivacionais sempre achando que isso tornaria os seus funcionários mais felizes e, dessa maneira, eles se entregariam ao trabalho de forma mais intensa.
Trata-se, no final das contas, de um certo paradoxo, pois é devido às condições de trabalho as quais as pessoas estão expostas é que se deve boa parte de sua infelicidade e as empresas não perceberam isso, procurando introduzir a felicidade por outros meios, totalmente ineficientes.
Por mais estranho que possa parecer, deve-se aceitar que a tristeza também é uma parte essencial da vida dos seres humanos, e ela não deveria ser desumanizada, pois não está correto criar o estigma que alguém triste é improdutivo!?!? Inclusive foram muitas as empresas norte-americanas que, em nome da produtividade, começaram a demitir os 10% “menos felizes” (!?!?) valendo-se inclusive do que essas pessoas colocavam nas redes sociais e com o auxílio de um algaritmo obtinham uma classificação de quem é mais ou menos feliz.
William Davies em seu livro detalha alguns aplicativos e engenhocas que possibilitam atribuir um coeficiente de felicidade para cada pessoa, além de apresentar programas que permitem monitorar o estado emocional e até nutricional dos funcionários de uma organização.
Pois é, como agora a melancolia – um indicador da infelicidade – é cada vez menos aceita nas empresas privadas e também no serviço público, as pessoas estão sendo “espionadas” e inclusive afastadas ou demitidas de seus empregos.
De fato, muitos estudos sobre a felicidade ao longo da vida têm sido feitos, inclusive procurando relacioná-la com o sexo e a idade. Algumas conclusões são incontestáveis, tais como que as pessoas, ao envelhecerem, riem cada vez menos, sentem mais tristeza, ficam abaladas com dores, porém sentem-se menos irritadas, não passam muito tempo estressadas e apresentam uma condição de estarem descansadas…
São muitos os bons livros que abordam o tema felicidade e aí vai uma recomendação: por que você, caro leitor, não adquire o livro de Liggy Webb, cujo título é Como Ser Feliz (Editora DVS)? Ele é um excelente guia para você ser mais feliz e escapar dessa vilã que leva à infelicidade que é a tristeza!!!
Conteúdo produzido pela redação da revista Criática.