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A

o terminar 2014, a Mattel, que fa-

brica muitos brinquedos entre eles

a boneca

Barbie

, teve uma surpresa

desagradável. Ela perdeu um terço do seu

valor – uma queda avaliada em US$ 6,1 bi-

lhões –, o que a tornou uma das grandes

empresas norte-americanas com o pior de-

sempenho.

Bryan Stockton, o diretor-presidente da

Mattel, resolveu fazer um comunicado no

qual exige uma reformulação drástica da

cultura nas salas de reunião e nas apresen-

tações apoiadas no

PowerPoint

, para que

a empresa possa voltar a pensar mais em

brinquedos, para que se tenha mais alegria

na organização e se instigue a criatividade.

Disse Bryan Stockton: “Temos sido mui-

to acanhados em pressionar o nosso lado

criativo. Devemos fazer um esforço bem

maior e possibilitar que sejamos mais livres

e um pouco menos óbvios.” Em tempo, em

26/1/2015, Brian Stockton anunciou que

vai deixar o cargo.

A Mattel é ainda a maior fabricante mun-

dial de brinquedos, mas existem vários con-

correntes, tais como a Lego e VTech, apro-

ximando-se dela. Há uma crise na indústria

de brinquedos, pois está havendo uma que-

da de natalidade e as crianças mais velhas

estão

divertindo-se cada vez menos

com

brinquedos tradicionais.

A indústria de brinquedos em geral mudou

drasticamente desde que a Apple lançou, em

2010, o

iPad

, que hoje atrai a atenção das

crianças. Pesquisas da Mattel indicam que

as crianças menores ainda gastam muito

tempo se divertindo com brinquedos tradicio-

nais, mas que isso diminuiu bastante entre

as que têm entre 8 e 11 anos.

Ajustar os negócios da linha

Barbie

é

uma prioridade da empresa. A boneca

Bar-

bie

já chegou a gerar vendas anuais de US$

1,8 bilhão, mas nos 12 meses encerrados

em setembro de 2014, esse valor ficou em

torno de US$ 1 bilhão, tendo uma queda

significativa em relação aos melhores anos.

Para estimular novamente o perfil criati-

vo da Mattel, o presidente Bryan Stockton

trouxe de volta Richard Dickson, veterano

da empresa que liderou o ressurgimento da

Barbie

no início da década, e deu a ele a

li-

berdade

para reformular o desenvolvimento

de brinquedos.

Analisando a grande variedade de bone-

cas para 2015, Dickson centrou sua aten-

ção em uma delas – a

Barbie Super-heroína

– e decidiu que ela será a prioridade desse

ano, pois as “garotas estão um pouco can-

sadas de princesas”.

Será que isso vai dar certo?

Comente no site da revista

BRINQUEDOS

MENOS REUNIÕES E

MAIS DIVERSÃO

– É O

NOVO LEMA DAMATTEL

Brian Stockton, o

presidente da Mattel.

Que

Barbie

incrementada,

hein?

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J A N E I R O / F E V E R E I R O 2 0 1 5