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APPS

ARQUITETURA

V

amos fazer uma descrição de como

age alguém que é um “semiescravo”

do

smartphone

. A pessoa acorda e

consulta o seu celular para saber a previsão

do tempo.

No café da manhã, sem desgrudar os

olhos do

smartphone

, mastiga o seu san-

duíche olhando as mensagens que recebeu

dos amigos no Facebook, dá uma passa-

da de olhos no WhatsApp ou no Snapchat,

“curte” algumas fotos no Instagram e lê al-

gumas notícias escolhidas no Feedly. Faz a

sua pequena corrida matinal, o tempo e a

distância percorridos estão registrados no

Runkeeper. E aí, nem são 8h30 min e essa

pessoa já consultou uma meia dúzia de apli-

cativos e no decorrer do dia serão algumas

dezenas de outros.

á

O que é que está acontecendo? O ser

humano contraiu a febre dos aplicativos? A

resposta enfática é:

sim

!

De acordo com a empresa de análises

Flury, que mediu o uso dos celulares entre

os norte-americanos no final de 2014,

86%

do tempo gasto na Internet usando esses

aparelhos é dedicado aos aplicativos (

apps

)

e não aos

sites

. Isso significa algo próximo

de

2h e 42 min

dedicados aos

apps

.

No início de 2015, havia no mundo cerca

de 2,5 bilhões de telefones celulares ativos,

ante 1,5 bilhão de computadores, e as pes-

quisas têm mostrado que as pessoas che-

gam a consultar seu celular até

180 vezes

por dia

!!! Isso se deve à enorme quantidade

de aplicativos que podem ser instalados no

smartphone

.

Pois é, vivemos na era da

“economia de aplicativos”

que deve

movimentar, em 2015, segundo estimativas conservadoras, algo

próximo de US$ 160 bilhões. Só a Apple Store comunicou, em ja-

neiro de 2015, que a sua receita com aplicativos movimentou, em

2014, US$ 15 bilhões e que ela repassou aos desenvolvedores

US$ 10 bilhões, equivalente ao

lucro

de toda a indústria do cinema

nos Estados Unidos da América (EUA). Mais do que isso, a Apple

informa que desde a sua criação em 2008, a sua loja permitiu a

geração de 627 mil empregos nos EUA, enquanto os estúdios de

Hollywood criaram 374 mil.

Na Apple Store e na Play Store, do Google, dezenas de bilhões

de

downloads

são realizados todos os meses, isso porque as duas

empresas são responsáveis pelos sistemas operacionais presen-

tes em 94% dos

smartphones

e

tablets

usados no mundo.

A Apple detém o

iOS,

para o

iPhone

e

iPads,

e o Google controla

o

Android

. Corre bem por fora a Microsoft com o

Windows Phone

.

Na loja da Apple já estão registrados cerca de cinco mil aplicativos

de desenvolvedores brasileiros, porém isso ainda corresponde a um

número pequeno, pois a Apple Store tinha, em janeiro de 2015, cerca

de 1,21 milhão de aplicativos. Ter um aplicativo na Apple Store não

significa que ele vai ser um sucesso de vendas. Como a competição

entre os aplicativos agora é feroz, estudos mostram que 80% dos

usuários costumam abandonar os

apps

no primeiro mês de uso!?!?

M

uito oportuna a edição pra-

ticamente simultânea, por

três editoras diferentes,

de livros que abordam a

arte de

edificar

.

Em

Tudo sobre Arquitetura

, um

livro que foi organizado por uma

equipe de especialistas sob a su-

pervisão de Denna Jones, logo no

seu prefácio, o notável arquiteto

inglês Richard Rogers faz uma cor-

respondência entre o passado e o

presente. Na 13

ª

Bienal de Arqui-

tetura de Veneza, Richard Rogers

enfatizou que a torre Guiniji, em Lucca, na Itália, construída

no século XVI, é a concretização do mandamento vitruviano do

bom construir. Deve-se recordar que essa torre renascentista

tem no seu topo carvalhos frondosos como as árvores do Bos-

co Verticale de Boeri e a Flower Tower do francês Edouard Fran-

çois, instalada num parque da zona reurbanizada de Hauts

Malesherbes, em Paris. O que pode ter sido um capricho de

uma família rica do Renascimento virou um projeto audacioso

para fazer crescer o espaço verde urbano atualmente.

Nesse livro, percebe-se que a intenção é partir da forma

para se chegar à essência. Assim, um projeto como o de Zaha

Hadid, mais especificamente o Heydar Aliyev Center (2012),

em Baku (Azerbaijão), é um excelente exemplo de um edifício

paramétrico, ou seja, aquele que faz uso de modelos digitais

considerando fatores variáveis como a luz.

Alejandro Zaera-Polo, no seu livro

Arquitetura em Diálogo,

salienta que sem um melhor diálogo, a arquitetura corre o

perigo de se perder.

Frank Gehry, o ousado criador do museu

Guggenheim de Bilbao, na Espanha, declarou: “Admito que

posso estar aprisionado ao presente e, mais especificamente

à bagunça do presente, por recusar-me a viver fora dele”. Por

sua vez, o arquiteto norte-americano Peter Eisenman, teórico

do desconstrutivismo, cujos projetos desafiam a gravidade e

são desaconselháveis aos portadores de labirintite, acha im-

possível repetir os ícones do passado no presente, porque o

Zeitgeist

, o espírito de época, é outro.

Finalmente no

A Coluna Dançante, o

seu autor Joseph Ryk-

wert

pensa exatamente o contrário

! Para ele, há muito o que

aprender com arquitetura do passado. Ele vai além, mostran-

do as origens dos diversos tipos de colunas e vigas que ainda

sustentavam boa parte dos edifícios ocidentais.

De acordo com a Apple, um usuário mé-

dio gasta US$ 80 todos os meses com apli-

cativos, principalmente

games

.

A Apple e o Google têm modelos diferen-

tes. A primeira mantém o sistema operacio-

nal iOS exclusivo para o

iPhone

e o

iPads,

que ela própria desenha e vende, exercendo

um controle rígido sobre os aplicativos. O

Google, ao contrário, abriu o código de seu

sistema, o

Android

, para que os fabricantes

de

smartphones

criassem as próprias ver-

sões. Essa é uma boa maneira de baratear

os

smartphones

e permitir que o consumidor

compre o aparelho do fabricante que quiser.

No entanto, para os desenvolvedores,

isso é um pesadelo, pois o

Android

não é

tão estável, sendo mais fácil produzir para

o

iOS

porque é um padrão conhecido, ou

melhor, sabe-se bem como funciona. Esse é

um dos motivos pelos quais

dois terços dos

aplicativos

são lançados primeiro para

iOS

,

apesar de que algo como 12,5% dos donos

de

smartphones

tenham um

iPhone

. A maio-

ria deles (cerca de 85%) usa o rival

Android

.

No início de 2015, o

Android

era usado

por quase 390 mil desenvolvedores de aplica-

tivos enquanto o iOS tinha aproximadamente

285 mil. A Apple fez a sua aposta nas classes

A e B, que é quem gasta com

games

e outras

coisas. Já o usuário do

Android

procura mais

os serviços que geralmente são gratuitos. De

qualquer forma, é evidente que é muito atra-

tivo o campo de trabalho desenvolvendo apli-

cativos, pois existe uma grande demanda por

eles, graças ao enorme número de pessoas

que possuem telefones celulares.

A ERA DA ECONOMIA

DOS

APLICATIVOS

LIVROS NOTÁVEIS

SOBRE ARQUITETURA

Na loja da Apple já estão registrados

cerca de

cinco mil aplicativos de

desenvolvedores brasileiros

, porém isso

ainda corresponde a um número pequeno,

pois a Apple Store tinha, em janeiro de

2015, cerca de

1,21 milhão de aplicativos.

Para quem quer aprender

mais sobre a arte de edificar.

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C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A

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