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CINEMA

Q

uando Arnold Schwarzenegger apa-

receu no primeiro

O Exterminador do

Futuro

, em 1984, essa obra de ficção

científica transformou-se em um clássico da

cultura

pop

.

O filme elevou o antigo fisiculturista ao

posto de ator de sucesso, sendo que mais

tarde ele chegaria a alturas improváveis no

mundo da fama artística (e política).

Foi de James Cameron a ideia esdrúxula

de entregar o papel central desse filme a

um indivíduo meio folclórico, que em

Conan,

o Bárbaro

impressionara tanto pela fartura

de músculos bem como pela escassez de

talento dramático.

Com sua forma toda rígida e dura de de-

sempenhar o seu papel, Arnold Schwarze-

negger deu um novo sentido ao seu apelido

de

“o carvalho austríaco”

.

Mas em 1983 ninguém sabia direito quem

era James Cameron e do que ele seria capaz.

Entretanto, James Cameron tinha certeza

que Schwarzenegger era o ator que precisava

para interpretar o seu robô assassino – T-800

– vindo do futuro, que se materializa comple-

tamente nu em uma pose agachada, tal qual

o titã grego Atlas, com os músculos retesados

caminhando em direção a Los Angeles.

James Cameron esperou vários meses

para começar a filmagem de

O Extermina-

dor do Futuro

enquanto rodava

Conan, O

Destruidor.

Pois bem, em 1984,

O Exterminador do

Futuro

chegou aos cinemas, arrasou na bi-

lheteria, e revolucionou o conceito de efei-

tos especiais.

Fez mais ainda: abriu uma brecha gigan-

tesca na cultura

pop

e invadiu seu vocabulá-

rio e imaginário.

E no centro de tudo isso estava aquela

figura maciça, de andar compacto, que com

seu sotaque teutônico e falta de inflexão po-

pularizou a frase

“I’ll be back”

(“Eu voltarei”)

no léxico mundial.

Superastro daí em diante até o fim da

década de 1990, governador (ou

governa-

tor

para rimar com

terminator

) do Estado

da Califórnia de 2003 a 2011, Schwarze-

negger hoje com 67 anos, não tem mais o

mesmo físico, mas no novo filme – o quin-

to da série – prova que vale tudo o que

pesa!!!

É ele o eixo em torno do qual gira tudo

aquilo que funciona em

O Exterminador do

Futuro: Gênesis

que entrou em cartaz no

Brasil no início de julho de 2015.

Arnold Schwarzenegger andou até falan-

do mal do filme

O Exterminador do Futuro:

Gênesis,

mas esse não foi o consenso da

crítica brasileira e mundial que gostou do

filme.

O EXTERMINADOR

DO FUTURO

De uma certa maneira seria até natural

para que o público desconfiasse desse que-

sito, ou seja, da longa duração.

Em 1984, o primeiro filme tinha Schwar-

zenegger em plena forma física e a direção

de James Cameron (sem muita verba na

época que ele contornou com maestria...).

No segundo filme, de 1991, com muito

dinheiro e o personagem principal passando

de bandido a mocinho, a franquia se trans-

formou em culto mundial, com

status

de

clássico da ficção científica.

As outras duas sequências sem Came-

ron, de 2003 e 2009 – esta sem Schwar-

zenegger –, trataram de pôr tudo a perder,

pois foram filmes medíocres. Mas aí veio

Gênesis

, dirigido por Alan Taylor.

Nesse filme as máquinas que dominam

a Terra no futuro enfrentam resistência de

humanos comandados por John Connor.

A ditadura metálica envia ao passado

(anos 1980) um robô para matar Sarah, mãe

do líder rebelde, para impedir seu nascimen-

to e eliminar sua presença no século XXI.

Mas, quanto o Exterminador chega pela-

dão ao passado, nada mais acontece como

no final original.

O robô, que é a figura de Schwarzeneg-

ger rejuvenescida por computação gráfica,

nem tem tempo de vestir uma roupa.

O enviado do futuro é destruído por...

Schwarzenegger, que aparece como um Ex-

terminador de idade madura!!!

Um robô maduro?!?!

Sim, e o público viu o Exterminador apa-

rentando várias idades, inclusive grisalho e

cheio de rugas.

“Sou velho, mas não obsoleto!”

é o bor-

dão que ele repete algumas vezes, substi-

tuindo o antigo “Eu voltarei”, celebrizado no

2º filme, de 1991.

O “envelhecimento” do herói robótico é

explicado pelo roteiro, mas talvez seja a me-

nor perplexidade daquele que assistir o fil-

me, diante da trama de passados e futuros

alternativos.

É uma maluquice tremenda, mas o ro-

teiro é inteligente. Principalmente porque

brinca com os filmes anteriores, apesar de

que quem não viu os mesmos, não sofre ne-

nhum prejuízo de entendimento do

Gênesis

.

E não se pode esquecer o simpático Ex-

terminador/Schwarzenegger enfrentando de

igual para igual robôs muito mais comple-

xos e letais do que ele.

Da mesma forma como seu persona-

gem, essa franquia pode estar

velha

, mas

não

obsoleta

!!!

“Sou velho, mas não obsoleto!”

é o bordão que Schwarzenegger

repete algumas vezes,

substituindo o antigo “Eu voltarei”,

celebrizado no 2

º

filme, de 1991.

O último filme da franquia, apesar da idade do ator

principal, agradou a crítica. E você, o que achou?

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C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A

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