4.
Persona
e presença digital.
Finalmente, mesmo que não se perceba,
todos estão deixando algum tipo de impres-
são, literalmente digital, no espaço virtual
que frequentam. Ao fazer buscas na Inter-
net, postar fotos em redes sociais, adquirir
produtos em plataformas de
e-commerce
,
frequentar eventos patrocinados ou, sim-
plesmente, carregar um
smartphone
consi-
go, as pessoas deixam sua
pegada digital
(o resultado direto de sua atuação no cibe-
respaço) e uma
sombra digital
(o resultado
indireto dessa mesma atuação). Pegada e
sombra juntas constroem a reputação pes-
soal e profissional, algo como a
persona
,
que fica acessível na rede mundial de com-
putadores.
Um dos motivos fundamentais que em-
basa a decisão de compra eletrônica é a
opinião dos compradores sobre o produto
ou no caso do vendedor, sobre sua reputa-
ção. Esse também servirá de motivo para a
seleção dos profissionais do futuro.
Basta lembrar que diversas empresas já
estão contratando seus funcionários levan-
do em conta sua atuação em redes sociais,
e que essa mesma atuação serve de motivo
para demissões sumárias.
De uma forma ou de outra, o discurso
sobre os valores e ética será confrontado
com a realidade de comportamento docu-
mentado e disseminado pela Internet.
O profissional do futuro terá de agir com
consciência na construção de sua marca
pessoal e de sua reputação, sua
persona
digital, caso almeje ter espaço e construir
uma carreira de sucesso.
↘
E agora?
Esses quatro princípios fundamentais,
ferramentas
,
perfil
,
modelo
e
persona
,
precisam ser utilizados em conjunto para
permitir uma trajetória de sucesso profis-
sional, no futuro. Mas é necessário come-
çar já, redesenhando como o trabalho pode
ser mais bem feito com apoio de recursos
tecnológicos, desenvolvendo competências
essenciais, disponibilizando-se de forma vir-
tual e colaborativa e cuidando para que dis-
curso e prática não estejam separados por
um abismo que fique exposto eternamente.
Além disso, não houve nenhuma época
anterior à nossa em que as pessoas esti-
vessem tão engajadas em trabalhar por um
propósito e buscar a felicidade no trabalho.
É fato também que têm surgido defini-
ções inusitadas sobre as características
do profissional do futuro, como um
Super-
tasker
, que é a pessoa capaz de realizar
duas ou mais tarefas simultâneas com su-
cesso, algo que parecia impossível até há
pouco tempo para os estudiosos da aten-
ção. Mas isso ainda precisa de mais estudo
e investigação para se confirmar.
Finalmente, além dos quatro princípios
aqui expostos e do “darwinismo digital ex-
ponencial”, a era em que se vive hoje per-
mite que qualquer um ambicione conceber
sua própria profissão. Talvez essa seja a
maior marca do
profissional do futuro
, a au-
tonomia para, a partir dos seus talentos, e
em coerência com seus propósitos, inventar
sua atuação profissional de maneira criativa
e inovadora, aumentando assim seus níveis
de realização e felicidade.
•
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