U
m cálculo feito pela Mobilização Em-
presarial pela Inovação (MEI), grupo
que reúne líderes de 100 grandes
empresas que estuda as iniciativas de
apoio e inovação
, indicou que seguindo no
atual ritmo de expansão, o Brasil levrá 34
anos para chegar ao patamar de investi-
mento em inovação mantido atualmente por
economias como a China e os países mais
desenvolvidos da União Europeia (UE)
Hoje, o Brasil investe cerca de 1,2% de
seu Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa
e desenvolvimento (P&D), enquanto a China
e os países do bloco europeu desembolsam
aproximadamente
2%
.
A líder em investimentos em P&D é a Co-
reia do Sul, que gasta cerca de 4,4% do seu
PIB nessa atividade. A análise internacional
indica que para acelerar o ritmo de cresci-
mento dos gastos em P&D, isso dependerá
muito do esforço privado. Assim, por exem-
plo, os Estados Unidos da América (EUA), o
empresariado investe segundo o equivalente
a 2% do PIB (que em 2014 foi de US$ 17,5
trilhões), enquanto o governo aplica 0,7%.
No Brasil, a relação ainda é inversa e
é da União e dos Estados que saem 60%
do volume total de investimentos em P&D.
O baixo aporte das empresas privadas se
deve ao fato que o dinheiro para a inovação
vem primordialmente do resultado operacio-
nal das companhias, que não tem sido bom
nos últimos anos na maioria delas.
Para a indústria, uma das saídas seria
melhorar o acesso aos programas de cré-
dito existentes e simplificar procedimen-
tos, tais como o registro de patentes, que
no Brasil leva, frequentemente, mais de 10
anos para consegui-lo.
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INVESTIMENTOS
INSUFICIENTES
E ENSINO DE ENGENHARIA
INADEQUADO
ATRAPALHAMA
INOVAÇÃONO BRASIL
Hoje, o Brasil investe cerca de
1,2%
de seu Produto Interno Bruto (PIB)
empesquisa e desenvolvimento
(P&D), enquanto a China e os países
do bloco europeu desembolsam
aproximadamente
2%
INOVAÇÃO
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C R I ÁT I C A
T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A