O
Tribunal de Justiça Federal do 2º Dis-
trito de Nova York transformou-se no
campo de batalha preferido para a
nada
glamourosa guerra aos produtos pi-
ratas
.
Em agosto de 2015, estava sendo anali-
sado no Tribunal uma ação que a Kering, um
conglomerado francês que controla marcas
como Gucci e Botega Veneta, move contra
o gigante comércio eletrônico (
e-commerce
)
chinês Alibaba. O conglomerado alega que
o Alibaba ajuda os falsificadores a vender
produtos em seus
sites
.
E não são só os franceses que estão
aborrecidos com os negócios do Alibaba.
Em julho de 2015, a Americam Apparel &
Footwear Association (AAFA) exigiu que o
Alibaba
passasse a combater os produtos
piratas
.
A empresa chinesa divulgou que já ado-
tou uma série de medidas justamente com
esse objetivo, porém, parece que elas não
são nem um pouco eficazes e concretas.
O Alibaba tem mais de 1 bilhão de ca-
tálogos de produtos e atinge consumidores
em praticamente todas as partes do mun-
do. No entanto, os seus
sites
não são os
únicos dos quais os consumidores podem
comprar produtos piratas. As vendas
on-line
de artigos falsificados estão em alta, com
os falsificadores aprimorando suas habili-
dades tecnológicas, dificultando ainda mais
seu rastreamento e as tentativas de proces-
sá-los judicialmente por isso e a luta contra
as imitações tem sido longa e árdua.
Os produtos piratas são, por seu turno,
difíceis de serem contabilizados, mesmo
assim, em 2014, os agentes alfandegá-
rios norte-americanos apreenderam cópias
que se fossem produtos genuínos valeriam
US$ 1,2 bilhão.
Agora o problema se tornou ainda mais
complexo, pois a pirataria migrou para a
Internet. Uma vez
on-line
, os falsificadores
conseguem ficar anônimos (?!?!), atraves-
sam fronteiras com seus produtos e criam
constantemente novos
sites
para se esqui-
varem de ações legais. Dessa maneira, fica
cada vez mais complicado rastrear as imi-
tações vendidas pela Internet e entregues
pelos correios.
Já é bem difícil para que nos postos al-
fandegários se consiga identificar cargas
contendo lotes de artigos piratas, mas
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ALIBABA E OS
40 PIRATAS
O Alibaba temmais de
1 bilhão de
catálogos de produtos
e atinge
consumidores empraticamente
todas as partes domundo.
PIRATARIA
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C R I ÁT I C A
T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A