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ENTRETENIMENTO

M

uitos são os comentários de es-

pecialistas de que o

Apple Watch

pode ser um produto que

não vai

emplacar!?!?

Em julho de 2015, foi divulga-

da um pesquisa que indicou que as vendas

do produto despencaram desde o seu lan-

çamento.

Logo que o relógio saiu, em abril de

2015, a Apple estava despachando cerca

de

200 mil unidades do produto por dia só

nos Estados Unidos da América

(EUA). Três

meses depois a média diária nos EUA caiu

para 20 mil peças, ou seja,

uma queda de

livre de 90%

. O

Apple Watch

foi considerado,

até pelos concorrentes, como o produto que

alavancaria a nova categoria de

relógios in-

teligentes

.

Antes da Apple, tentativas da Samsung,

LG e Motorola com o relógio inteligente fo-

ram tiros na água, dos quais muita gente

até já esqueceu... Entretanto, com o seu

dom para reinventar dispositivos, a Apple

era ainda a aposta para dar, quem sabe,

o início da

“era do relógio conectado”.

No

entanto, tudo indica que isso não vai acon-

tecer!?!?

E por quê?

Inicialmente, cabe salientar que foram

cometidas algumas falhas elementares. É

bem difícil navegar com o dedo na

interface

de aplicativos no visor, a não ser que você

tenha dedos iguais ao de uma criança de

dez anos. A bateria também deixa muito a

desejar, pois não passa de duas horas e

meia se o uso de

apps

for intenso. Quem é

que quer

andar

com um

relógio desligado

no pulso pelo resto do dia?

Porém a questão maior, ou talvez seja a

fundamental, é a seguinte:

que vantagem

um

Apple Watch

traz para a para a sua

vida

? O que há nele que justificaria o de-

sembolso de pelo menos US$ 349 (valor do

modelo mais barato nos EUA)?

Afinal, com um relógio normal e um

smartphone

, você está basicamente cober-

to quanto aos recursos que ele pode ofere-

SERÁ QUE VALE A PENA

TER UM

APPLEWATCH

?

cer. Eis o grande desafio do

Apple Watch

:

como convencer o público de que o relógio

é um investimento válido?

Nem os fãs mais ardorosos da Apple

têm certeza disso, e os menos chegados

são os mais céticos, afirmando: “Simples-

mente não consigo enxergar o que o

Apple

Watch

vai fazer de especial por mim? E essa

pergunta vale para os vestíveis de um modo

geral, que também precisam comprovar

para o que vieram.

Entre os dispositivos supérfluos está já

está descansando (e descontinuado)

Google

Glass

. Talvez haja um lugar para vestíveis de

aplicações específicas, como o

Oculus Rift

para jogar

games

ou o

Holo Lens

da Micro-

soft para aplicações profissionais.

Bem, o que está sendo observado com

Apple Watch

serve como um choque de rea-

lidade em relação à indústria de eletrônicos

para o consumidor e sua roda viva, assedia-

do por tantas “novidades”.

O fato é que em diversos casos faz-se

muito barulho com desempenhos incríveis

dos novos produtos, mas que na realidade

não valem o que se pede para pagar por

eles...

O que há nele que justificaria o

desembolso de pelomenos

US$ 349?

SOFTWARE

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C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A