OS
APLICATIVOS
(
APPS
)
ESTÃO ROUBANDO O
MERCADODAS ESCOLAS!?!?
O
s aplicativos para os
smartphones
estão ajudando significamente as
pessoas a aprender gratuitamente,
só que, com isso, estão afastando alunos
das escolas de línguas porque as “lições
digitais”são mais envolventes que as minis-
tradas nelas.
No exterior, produtos para
smartphones
de empresas como a alemã Babbel, a britâ-
nica Memrise e a norte-americana Duolingo
já ultrapassaram em termos de audiência
escolas relevantes com Berlitz e Rosetta
Stone.
Dezenas de milhões de usuários estão
começando a se render à flexibilidade de
praticar vocabulário ou conversação em
movimento como parte de um curso de es-
tudos ou simplesmente como uma opção
mais casual.
O fundador da Memrise, sediada em
Londres, Ed Cooke, disse: “Agora isso é
uma questão de incrementar a conveniên-
cia: aplicativos para
smartphones
oferecem
uma ampla seleção de conteúdo de mais
fácil acesso, a qualquer hora, em qualquer
lugar.”
E os melhores
apps
móveis já utilizam
reconhecimento de voz, lembretes de
e recursos de jogos e ciência cognitiva para
atrair os usuários.
São estes produtos de preço bem mais
baixo que estão forçando editoras, tutores
e fornecedores de ferramentas de ensino
a reconsiderarem suas estratégias, que há
muito tempo incluem cobrança de preços de
dois dígitos por livros ou centenas de dóla-
res (e cifras maiores em reais) por cursos.
Muitas editoras estão deixando de in-
vestir em conteúdo especializado de idio-
mas, pois os usuários estão migrando para
o conteúdo gratuito, como o fornecido pelo
Google Translate, dicionários colaborativos
como LEO ou empresas de baixo custo
como a Babbel, para a qual os usuários pa-
gam cerca de US$ 6 dólares por assinatura.
No Brasil, um movimento notável é aquele de alunos que saem
dos cursos pré-vestibular e utilizam
sites
com videoaulas. Um exem-
plo disso é o YouTube EDU, que é a maior plataforma de ensino
gratuito para vestibulandos no Brasil, com mais de 10 milhões de
inscritos e 16 mil videoaulas disponíveis em 154 canais diferentes.
Esse projeto existe de 2013, em parceria com a Fundação Le-
mann, que ajuda a selecionar os vídeos com um comitê de profes-
sores. Ele é alimentado por vídeos gerados pelos professores e
pré-vestibulares como o Manual do Mundo (vídeos sobre ciências e
conhecimentos gerais), que tem cerca de 3,85 milhões de inscritos,
Biologia Total com o prof. Jubilut (com cerca de 480 mil inscritos).
Temos atualmente no Brasil outros canais de ensino que estão
no YouTube, como o Nerckie (matemática para vestibulares com
cerca de 600 mil inscritos), o Descomplica (com vídeos sobre todas
as matérias para vestibulares com 540 mil inscritos) e o Me Salva
(com vídeos de reforço para o ensino médio e para o ensino supe-
rior com 520 mil inscritos) e muitos outros...
Pois é, enquanto
um pré-vestibular tra-
dicional para medicina
chega a custar R$ 30
mil por ano, valendo-se
do Descomplica, pode-
-se aprender quase
tufo (!?!?) para esses
exames com cerca de
R$ 300 por ano, ou
seja, pagando 100 ve-
zes menos!!!
Não é por acaso
que surgem cada vez
mais aplicativos unin-
do exercícios e exa-
mes simulados para
os vestibulandos.
•
E os melhores
apps
móveis já utilizam
reconhecimento de voz, lembretes de
e
recursos de jogos e ciência
cognitiva
para atrair os usuários.
APPS
Está cada vez mais simples e eficiente aprender
usando o
smartphone
.
7
S E T E M B R O / O U T U B R O 2 0 1 5