As empresas que querem manter-se com-
petitivas dentro do mercado cada vez mais
turbulento devem estimular (e permitir) que
seus colaboradores assumam riscos em
suas decisões, que sejam mais enfáticos na
forma que propõem mudanças na empresa e
que não tenham tanto medo de fazer ques-
tionamentos dentro da organização.
Naturalmente, para que isso ocorra,
precisam criar espaços de discussão con-
venientes quando perguntas e respostas
sobre quaisquer dúvidas sejam feitas e
obtidas pelos funcionários da empresa.
Claro que essa é uma das formas de pro-
ceder para que todos os colaboradores in-
ternalizem os valores da empresa e procu-
rem atuar de acordo com os mesmos. Isso
possibilita que as pessoas não fiquem com
medo de falhar e proponham soluções que
sejam relevantes para a organização e para
o próprio desenvolvimento profissional.
Num recente estudo denominado Global
Startup Ecosystem Ranking 2015 feita pela
empresa desenvolvedora de
software
, a Com-
pass, São Paulo foi a única cidade no Brasil e
da América Latina como o melhor lugar para
desenvolver um
start-up
de tecnologia.
Nesse
ranking
global, São Paulo está na
12
º
lugar, e na liderança aparecem o Vale do
Silício, no Estado da Califórnia, as cidades nor-
te-americanas Nova York, Los Angeles, Boston
e Tel Aviv, de Israel, ou seja, ocupando as cin-
co primeiras posições nessa ordem. Também
apareceram nesse
ranking
Austin (EUA), Ban-
galore (Índia), Cingapura, Amsterdã (Holanda),
Londres (Reino Unido) e Berlim (Alemanha).
O estudo deixou de fora os ecossistemas da
China, Taiwan, Japão e Coreia do Sul por cau-
sa da barreira da língua.
Como se nota, São Paulo está numa lis-
ta de locais em que existem também mui-
tos talentos (capital humano), tecnologia e
disponibilidade de capital. Não por acaso,
em 18/9/2015 o governador Geraldo Alck-
min lançou um concurso para selecionar 15
start-ups
que apresentarem as melhores
soluções aos
35 desafios
voltados à
educa-
ção
,
saúde
e
facilidades ao cidadão
.
Trata-se do Pitch Gov SP, o primeiro progra-
ma desse tipo realizado na América Latina.
Para serem escolhidas, essas
start-ups
precisam ter projetos que permitam intro-
duzir melhorias na rede estadual. Ou seja,
deverão apresentar, por exemplo, soluções
para manter o cadastro atualizado de pais
e alunos, fazer avaliações diagnósticas no
formato digital, identificar as demandas dos
professores, evitar fraudes no atendimento
médico e acelerar a triagem dos pacientes
na rede de saúde etc. Enfim, desenvolver
softwares
que tragam mais eficiência aos
serviços públicos do Estado.
Esse concurso é sensacional, e a ex-
pectativa de Amure Pinho, vice-presidente
da Associação Brasileira de
Startups
, é que
cerca de 300 das 3,5 mil empresas nova-
tas – podem participar desse programa
start-ups
com no máximo cinco anos de fun-
dação – de todo País participem.
Aí está uma forma de como o governo
paulista deseja estimular as empresas nas-
centes que atuam nesse setor criativo, que é
o desenvolvimento de aplicativos (
apps
), dan-
do trabalho e renda para profissionais talen-
tosos que atuam na
economia criativa (EC),
mas, ao mesmo tempo, obtendo deles pro-
dutos que permitam facilitar as tarefas nas
áreas atendidas pelo Estado, bem como dar-
-lhes melhor acesso aos serviços públicos.
São Paulo
está numa lista
de locais emque existem
tambémmuitos
talentos
(capital humano), tecnologia
e
disponibilidade de capital
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