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Em certas situações, as brincadeiras co-

letivas são melhores do que aquelas em que

as crianças brincam sozinhas, apesar de que

isso depende muito da idade delas. As crian-

ças muito pequenas não conseguem brincar

com muita gente. Os grupos podem aumen-

tar à medida que elas forem crescendo. Po-

rém, os jogos em grupo são muito importan-

tes para o reconhecimento dos limites e dos

parâmetros de convivência. Nas brincadeiras

que usam regras, a criança desenvolve estra-

tégias. ‘Agora é a minha vez de jogar’, ‘pisou

na linha, está fora’ são expressões comuns

dessas brincadeiras e acabam levando ao

aprendizado. Se perder ou errar, ela vai pen-

sar como deve fazer para ganhar ou acertar

na próxima vez. É um aprendizado lúdico, em

que se acumulam experiências por tentativa,

erro e acerto.

De modo geral, os adultos não sabem

comprar brinquedos, por isso precisam con-

fiar mais na capacidade de escolha das

crianças, sendo adequado (ou até mesmo

correto...) perguntar aos filhos o que gos-

tariam de ganhar. Claro que cabe aos pais

sempre decidir se o brinquedo solicitado é

um

bom brinquedo

para a criança (o jovem).

A primeira qualidade para que um brin-

quedo seja considerado bom para uma

criança é que ele seja

desafiador

, de modo

que ela se sinta estimulada a exercitar sua

fantasia e a testar seus limites. Não pode

ser um brinquedo muito difícil nem muito simples. Tem de provocar

a criança, para que ela queira

descobrir alguma coisa nova

. Deve

ser bem construído, durável e não tóxico, com as peças se encai-

xando com perfeição, como é caso do Lego. As meninas não gos-

tam de colocar o sapatinho em uma boneca e ver que ele sempre

sai do lugar.

Acredito que é pedagógico uma menina brincar de boneca. As-

sim, ela aprende a representar o papel de mãe. Ao brincar com

uma boneca, ela vai repetir aquilo que observa a mãe fazendo na

rotina da casa. Vai tirar e colocar a roupa da boneca, aprender a

escolher cores e modelos, a pentear o cabelo. Depois, vai pentear o

próprio cabelo. No fundo, brincar de boneca é uma bela e instigante

experiência a respeito da estética feminina. Dessa maneira, a me-

nina transfere para o dia a dia as atividades da brincadeira com a

boneca. Da mesma forma, o menino que brinca com um carrinho

aprende a repetir os sons do motor, da buzina, a diferença entre o

que é rápido e o que é lento, acabando por desenvolver até uma

coordenação motora fina, relacionada com o movimento dos dedos.

Algumas pessoas acham que os brinquedos mais artesanais

são mais pedagógicos que os industrializados, mas isso não é uma

verdade absoluta, pois todos eles são pedagógicos, desde que

sirvam para estimular a criatividade da criança.”

Bem, além de tudo o que destacou a psicóloga Edda Bontempo,

um excelente exemplo de um brinquedo que não perde a sua atra-

ção é a boneca

Barbie

(que, obviamente, tem sido aperfeiçoada),

sendo um sucesso de vendas há mais de 56 anos. O fabricante

também tem sido muito esperto, pois todos os anos lança acessó-

rios e adéqua a

Barbie

com o mundo contemporâneo.

Vivemos em uma sociedade capitalista e competitiva, em que a

mulher cada vez mais ocupa novos e importantes papéis, e a

Bar-

bie

é um ótimo exemplo dessa sociedade, ou seja, um protótipo de

mulher moderna!!!

“Algumas pessoas

achamque os

brinquedos mais

artesanais

sãomais

pedagógicos que os

industrializados

, mas

isso não é uma verdade

absoluta, pois todos

eles são

pedagógicos

,

desde que sirvampara

estimular a criatividade

da criança.”

Aí está uma mãe envolvida na brincadeira com o filho...

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