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sobre os quais tivessem algum

direito de

propriedade

.

Um dos clássicos exemplos de novos

empregos que surgiram nesses últimos 15

anos refere-se aos

desenvolvedores de apli-

cativos

– só a App Store comercializa cer-

ca de 2 milhões deles, o que significa que

centenas de milhares deles vivem hoje dos

direitos que recebem!!!

Em uma escala talvez menor, surgiram

muitos

youtubics

, ou seja, pessoas que se

utilizam do YouTube para “vender” serviços

variados, como, por exemplo, fazer pales-

tras resumidas sobre livros que são temas

para questões nos exames vestibulares, ou

então para habilitar os viciados em

videoga-

mes

a ter uma melhor pontuação nas suas

disputas ou ainda recomendações sobre be-

leza, moda, alimentação e comportamento.

Milhões de pessoas também ficaram

desempregadas nesses últimos 15 anos,

especialmente aquelas que trabalharam

nos bancos ou então em setores básicos

da agricultura, como a colheita, que pas-

sou a ser feita por máquinas “inteligen-

tes”. Muitas empresas de consultoria bem

sérias continuam a fazer previsões do que

vai acontecer daqui a algumas décadas,

como é o caso da McKinsey. Aliás, quando

a McKinsey completou, em 2014, 50 anos

de existência, para comemorar essa data

ela publicou em sua revista

McKinsey Quar-

tely

um artigo sobre o que vai acontecer nos

próximos 50 anos.

Nesse artigo destacou-se que o futuro

será

muito diferente

(!?!?) e, infelizmente,

o que ocorreu no passado não é mais um

bom guia para antecipar o que virá pela fren-

te. Destacou-se o desaparecimento de pres-

supostos antigos e a subversão de modelos

de negócios aparentemente inatingíveis.

Mais particularmente enfatizou-se que três

tendências vão moldar esse futuro volátil,

descontínuo e subvertido.

A primeira é a

tecnologia

!!! Seu cres-

cimento será exponencial e acontecerão

“avanços incríveis turbinados na conectivida-

de”. A segunda tendência é que o crescimen-

to dos mercados emergentes terá prossegui-

mento e muitas

cidades grandes surgirão

em lugares dos quais mal ouvimos

falar?!?!

Finalmente, no mundo inteiro, todos estão

fi-

cando mais velhos

(longevidade)!!!

Realmente, o que se pode concluir des-

sas sugestões é que elas são bem infantis

ou mesmo banais para não se desmoralizar

as opiniões das crianças (lembre-se do diá-

logo com o consultor no início do artigo...).

O que a McKinsey apontou para os próxi-

mos 50 anos não são tendências do

futuro

,

e sim do

presente

!!!

Caso algo seja verdade sobre o

futuro

distante, é que ele tende

a não ser regula-

do

pelas mesmas coisas

que nos regulam

hoje

!!! Uma tendência não abordada pela

McKinsey, certamente por medo, é que ela

própria pode desaparecer!?!? De fato, se

nas próximas décadas se privilegiar cada

vez mais a criatividade, a imaginação, o

talento humano, com isso, os executivos-

-chefes não olharão mais para os subal-

ternos como pessoas medíocres e não os

terceirizirão mais, ou seja, não contratarão

mais os consultores para pensar no lugar

deles. Com os talentos internos mais valori-

zados, esses cérebros certamente farão um

bom serviço para as próprias organizações

e com isso os

consultores não serão mais

demandados

!?!?

Tudo indica que o que a maioria dos

consultores faz para analisar os merca-

dos pode ser feito por qualquer pessoa

normal que tenha boa conexão com a In-

ternet. Aliás, essa é uma das mensagens

que se procura salientar no livro

Econo-

mia Criativa: Fonte de Novos Empregos

, no

qual se afirma que as pessoas continua-

rão sendo melhores que as máquinas em

motivação dos outros

e para

desenvolver

ideias originais

.

Por incrível que pareça, em especial as

consultorias de estratégia, não fazem mui-

ta coisa em termos de motivação, e quanto

à originalidade, seguem o esquema seme-

lhante ao da McKinsey, que depois de

“anos

de estudo”

previu para os próximos 50 anos

a evolução da tecnologia, a expansão da

globalização e o aumento da longevidade

dos seres humanos. Isso, hoje, qualquer

robô nos comunica quase que instantanea-

mente!!!

Assim, em seis palavras, para os seres

humanos aí vai o seguinte alerta:

“Robôs

vão pensar cada vez mais!!!”

E com isso até

os empregos que exigem raciocínio poderão

ser ocupados por eles!!!

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S E T E M B R O / O U T U B R O 2 0 1 6