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ARTES VISUAIS

8

C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A

N

o

shopping

JK Iguatemi, no período de

24 a 28 agosto de 2016, aconteceu a

10

ª

edição da SP-Arte/Foto, aliás, no

mesmo mês em que se comemora o Dia Mun-

dial da Fotografia, que é no dia 19.

Nesta 10

ª

edição, na principal feira da

fotografia brasileira, compareceram 32 expo-

sitores e os visitantes puderam apreciar tra-

balhos que vão da arte moderna à contem-

porânea. Houve também uma programação

paralela que incluiu lançamentos de livros

como foi o caso de

Caixa Preta

, de autoria de

Celso Brandão, e debates com nomes impor-

tantes da área como o curador de fotografia

do Metropolitan Museum de Nova York, Jeff

Rosenheim, o diretor do International Center

of Photography (ICP), Christopher Phillips, e

Brett Rogers, diretora da Photographer’s Gal-

lery, a primeira galeria inglesa dedicada ex-

clusivamente à fotografia. A idealizadora do

SP-Arte/Foto, Fernanda Feitosa, comentou:

“Foram anos extremamente frutíferos para a

fotografia nacional.Para nós, foi muito impor-

tante, por exemplo, para aflorar a fotografia

modernista brasileira. Desde a 1

ª

edição, te-

mos fotógrafos brasileiros atuando no moder-

nismo. Espera-se que isso ocorra com outras

entidades, como, por exemplo, o Centre Pom-

pidou, de Paris, cuja curadora Carolina Lewan-

dowska esteve no evento.

Atualmente, a faixa de preço dos brasileiros é bem elástica e vai

de R$ 4 mil a R$ 40 mil. Ao longo desses dez anos percebemos que

a fotografia passou a disputar de igual para igual com outras lingua-

gens artísticas. Isso se nota tanto nos museus quanto nas coleções

particulares. E a SP-Arte/Foto está inserida neste momento históri-

co que reavalia a importância da fotografia. Desde o início, a minha

ideia foi de criar um momento onde possamos olhar, pensar e discutir

fotografia. Acredito que já consegui realizar em parte esse objetivo.

Mas continuo sonhando em promover um festival amplo de fotografia,

espalhado em diversos locais da cidade, isso já a partir de 2017. A

inspiração é ter aqui algo semelhante ao que acontece em Arles, na

França, onde ocorre todo ano o maior evento do gênero do mundo.”

Quem foi à SP-Arte/Foto observou coisas incríveis, como aque-

la exposta na galeria Fuss. Seu diretor, Pablo di Giulio, comentou:

“Sempre tivermos a preocupação de formar colecionadores. Se-

guindo esse princípio, nessa 10

ª

edição mostramos seis fotogra-

fias e dez fotogramas do vanguardista húngaro Lázló Moholy-Nagy

(1895-1946), que marcado pelo construtivismo russo, dirigiu o

departamento de fotografia da Bauhaus, onde traba-

lhou com fotos vanguardistas.

Com a ascensão de Adolf Hitler ao poder em

1933, Moholy-Nagy, judeu e estrangeiro, teve que

sair da Alemanha, passando um tempo na Holanda

antes de viajar para Londres, em 1935, e posterior-

mente para os Estados Unidos da América (EUA) em

1937.

As seis fotografias da nossa mostra foram pro-

duzidas no período alemão, mais precisamente em

1930, quando ele criou um equipamento de luz, que

era, ao mesmo tempo, um gerador de movimento,

o Light-Raum Modulator (Modulador de Luz e Espa-

ço). Esse objeto é mostrado no único filme abstrato

que ele fez. Apresentamos também dez fotogramas

originais, parte de uma edição produzida em 1973

e assinadas pela filha do fotógrafo, Hattula Moholy-

-Nagy, atualmente a diretora da fundação que leva o

nome do fotógrafo.”

SP-ARTE/FOTO

NA SUA

10

ª

EDIÇÃO

LEILA FUGII

Fernanda Feitosa, a

criadora e idealizadora

da SP-Arte/Foto.

Um aspecto da SP-Arte/Foto.