EDITORIAL
F
oi inaugurada no dia 26 de agosto de
2016, a 24
a
Bienal Internacional do Li-
vro em São Paulo.
Um dia antes, ocorreu a abertura do 6
o
Con-
gresso Internacional do Livro Digital, quando
falaram dois dos principais historiadores do
mundo, o norte-americano Robert Darnton,
e o francês Roger Chartier, ambos especia-
listas na história do livro e da leitura.
Assim durante todo o dia foram discu-
tidos assuntos como aspectos jurídicos e
modelos de negócios do
streaming
, auto-
publicação, o uso do digital na educação e
o retorno dos audiolivros, pela Amazon, um
serviço que já se tentou emplacar diversas
vezes no Brasil, sem sucesso até agora!!!
Entusiasta do livro digital, como ferra-
menta para facilitar o conhecimento para
todos, Robert Darnton destacou: “Pela pri-
meira vez na história, podemos tornar toda
a herança cultural a humanidade disponível
para todos os seres humanos.
Temos a tecnologia, o
know-how
, os re-
cursos e a vontade.
Já foram dados os primeiros passos nes-
se sentido e agora temos que ampliar bas-
tante esse serviço.
Fazendo a coisa certa agora poderemos
ajudar a moldar um melhor futuro para to-
dos, ampliando seus conhecimentos e a
sua cultura.”
Por seu turno, Roger Chartier salientou:
“Acredito que ainda não é possível ter uma
ideia conclusiva como será o futuro, espe-
cialmente no que se refere ao livro impresso.
Podemos pensar no futuro, mas a ver-
dadeira resposta não está nos desejos dos
que nasceram com o
livro impresso
, mas
no desejo de quem já nasceu com o
digital
.
Serão as práticas de leitura que vão de-
cidir sobre a sobrevivência ou a morte do
livro e o futuro do livro digital.”
Em 2016, a Bienal apresentou 12 es-
paços diferentes, como a Arena Cultural, o
A
24
a
BIENAL INTERNACIONAL
DO LIVRO DE SÃO PAULO
2
C R I ÁT I C A
T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A
O historiador
Robert Darnton, um
entusiasta do livro
digital!!!