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ARTES VISUAIS

8

C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A

A

32

a

BIENAL

DE

SÃO PAULO

D

e que maneira a arte pode apresen-

tar alternativas às intensas crises,

incertezas e dilemas que caracteri-

zam o mundo contemporâneo?

Essa foi a questão-chave para entender

o que o curador-geral Jochen Volz propôs

na 32ª Bienal de São Paulo, que abriu as

portas para o público no dia 7 de setembro

de 2016 e se encerrou em 11 de dezembro

de 2016!!!

Intitulada

Incerteza Viva

, a mostra não

teve como objetivo apresentar respostas

nem tão pouco indicar um caminho óbvio

para se seguir. Muito pelo contrário: a in-

tenção foi a de assumir a instabilidade e as

dúvidas como elemento propulsor; é evi-

denciar o papel central da criação criativa

como uma forma de

resistência

e

trans-

formação

.

Ao todo, estavam na 32ª Bienal, mais de

300 trabalhos executados por 81 artistas e

grupos que têm em comum o interesse por

investigar aspectos problemáticos, descon-

fortáveis, esquecidos ou vencidos.

O presidente da Fundação Bienal de São

Paulo, Luis Terepins, que foi também o res-

ponsável pelas 31ª (2014) e 32ª (2016) edi-

ções do evento comentou: “Poucas são as

instituições que abordam o

novo

como faz

a Fundação Bienal.

Esse ano não foi nada fácil realizar a Bie-

nal, pois o País está numa crise econômica

e vive uma conturbada cena política.

Mas felizmente estabelecemos muitas

parcerias – mais de 70 – o que permitiu

que pudéssemos montar essa edição sobre

o título

Incerteza Viva

.

O curador Jochen Volz acredita em arte

e a arte que ele faz é

superpolítica sim

!!!

Ele tem uma trajetória experimental,

mas tem uma coisa de construção.

E, ao mesmo tempo, não tem nada mais

contemporâneo do que essa discussão so-

bre a incerteza.

Existe nessa 32ª Bienal uma construção

a partir de um plasticidade, de temas muito

pertinentes.”

O curador-geral de 32ª edição do even-

to, o historiador de arte alemão Jochen

Volz, tem uma relação bem próxima com

o Brasil pois entre 2005 e 2012 foi o dire-

tor artístico de Instituto Inhotim, em Minas

Gerais, além de ter sido em 2006 um dos

curadores da 27ª Bienal de São Paulo.