E-sports estão criando novas celebridades
O sul-coreano Won Lee-sak, hoje com 20 anos, é um esportista profissional, que ainda fica nervoso antes de competir. Estala os dedos e o pescoço antes das partidas, para esquecer que, à sua volta, há prêmios em dinheiro, pressão de patrocinadores e milhões de espectadores.
Won Lee-sak treina até 10h por dia para manter-se como um dos melhores na sua modalidade: o e-sport, ou seja, o esporte eletrônico, como é chamado o torneio profissional de videogame. Ele tem um salário mensal fixo que está em torno de US$ 10 mil e, além disso, recebe os prêmios quando vence torneios em jogos de estratégia como StarCraft 2, que chegam a US$ 100 mil.
Esse tipo de profissão não existia antes do surgimento dos videogames interativos, os quais permitem essas competições. Os campeonatos de games são comuns pelo menos nos últimos 14 anos na Ásia, em especial, na Coreia do Sul, onde há estádios construídos para torneios de e-sports, centenas de jogadores profissionais e narradores especializados.
Porém, nos últimos anos, o interesse de jogadores e público e o alto investimento de empresas do setor têm tornado as competições populares também no Ocidente. Assim, a Riot, uma empresa que organiza o jogo on-line League of Legends, começou a promover torneios com prêmios de milhões de dólares, inclusive de US$ 1 milhão para os vencedores – por exemplo em 2014 a equipe vencedora foi a Samsung White, que jogou em casa, ou seja, na Coreia do Sul, e levou US$ 1 milhão de premiação – quando mais de 10 mil pessoas acompanharam o evento ao vivo e mais de 2 milhões viram, simultaneamente, as partidas via Web. Essa é uma audiência que supera os jogos da principal liga de beisebol dos EUA.
Na Coreia do Sul, atualmente, as finais de campeonatos batem o pico de 4,5 milhões de aparelhos lidados na TV a cabo.
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Conteúdo produzido pela redação da revista Criática.