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Amazon bookstore
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Felizmente a Amazon mudou a sua prática para vender livros…


Convém lembrar que a Amazon nasceu em 1994 como uma loja para a venda de livros on-line. Ela então se transformou num império diversificado de negócios e apostas promissoras potencializadas pela tecnologia.

A empresa, que hoje tem mais de 230 mil funcionários e um valor de mercado de US$ 380 bilhões, precisa manter uma estrutura complexa, ao mesmo tempo em que investe pesado em ideias que ainda não são lucrativas – o drone para entregas, armazém voador, assistente pessoal com avançados recursos de inteligência artificial (IA) etc. –, mas que poderão se tornar fontes de receita!!!

O fundador e presidente executivo da Amazon, Jeff Bezos, em carta escrita para os acionistas da empresa em abril de 2016, salientou: “Queremos ser uma empresa grande, mas que seja também uma máquina de inovação.” Assim, a Amazon aparece continuamente ligada a apostas em muitos setores, mas, apesar disso, continua sendo uma organização relativamente simples.

A empresa está apoiada em três pilares: a sua loja on-line – é difícil hoje não achar algo que não esteja a venda na Amazon.com, pois ela tem 368,9 milhões de itens e, só no Natal de 2016, vendeu 1 bilhão de itens no mundo tudo; o programa de benefícios Amazon Prime (entre os seus serviços oferecidos estão entrega rápida, frete grátis, streaming de vídeos e músicas); e a Amazon Web Services (AWS) que oferece serviços baseados em computação em nuvem, com hospedagem de sites e sistemas, além de armazenamento de dados.

Falando especificamente da empresa no Brasil, ela chegou ao País em dezembro de 2012, vendendo o Kindle, um leitor eletrônico e uma biblioteca com 13 mil livros digitais em português.

O gerente da Amazon no Brasil, Alex Szapiro explicou: “Em agosto de 2014 começamos a vender livros físicos no país e, inicialmente, nossa relação com as editoras foi bem difícil. Porém, a situação foi se modificando e as editoras passaram a ter mais confiança em nós. Assim, nossos negócios aumentaram a uma taxa de dois dígitos ao ano, considerando vendas do Kindle, de livros digitais – hoje temos 97 mil livros digitais em português – e livros físicos. Além de vender livros, a empresa tem outros negócios no País, assim tem-se a loja de aplicativos para Android, a Amazon Appstore, o serviço de streaming Prime Video, porém ainda com catálogo reduzido. Novos projetos estão chegando ao Brasil e estamos contratando mais de 100 pessoas.”

Em 2007, Jeff Bezos, ao lançar o leitor digital Kindle, declarou: “O livro impresso é tão altamente evoluído e adequado para a sua tarefa que será muito difícil tirar o seu lugar.”

E não é que nesta primavera (que começou nos EUA em 23 de março) a Amazon prometeu abrir uma livraria em plena Manhattan, em Nova York!

livraria amazon portland

Aspectos da loja da Amazon em Portland (EUA).

Sem dúvida nenhuma há claros sinais do renascimento dos livros de papel por todos os lados. O mais claro é que suas vendas aumentaram não apenas nos EUA, mas também em muitos outros países do mundo.

A revolução no mercado editorial provocada pela tecnologia digital não foi do mesmo tipo que a vista nos setores da música, da televisão e das notícias – afinal, as pessoas continuam gostando dos livros!

A força da popularidade do livro de papel continua sendo saudada como uma história afetuosa do triunfo dos valores tradicionais sobre a fria e insensível tecnologia.

Os leitores gostam do toque e da sensação proporcionadas pelos livros impressos. Os norte-americanos, por exemplo, leem uma media de 12 livros por ano. Isso é o que os nossos professores de português deveriam incentivar em seus alunos, ou seja, se tornarem ávidos leitores de livros, e, em sua maioria, de papel!!!

Claro que as pessoas querem preços baixos para os livros que compram e não gostam do fato de que os digitais têm preços comparativamente caros, inclusive maiores do que aqueles dos livros de capa dura ou brochura.

Jeff Bezos iniciou em 2007 um arrojado projeto para a adoção em massa do Kindle, com promoções de livros de grande sucesso a US$ 9,99 e a disponibilização de livros digitais a preços mais baratos que os impressos. Porém, tudo indica que agora seus esforços tenham arrefecido muito e a Amazon esteja seguindo no sentido oposto – e dando preferência aos livros de papel!?!?

E Jeff Bezos chegou a essa conclusão pelo fato de em 2016 a Amazon ter vendido 35 milhões de livros impressos a mais que em 2015, e arrebatado ainda mais a sua participação no mercado de um antigo concorrente, a Barnes & Noble.

Os livros de capa dura e brochura estão atualmente mais baratos por conta de sua venda com descontos, enquanto os digitais estão mais caros pelo fato de serem vendidos sem tanto desconto. A maioria das pessoas ainda compra livros individualmente, o que se comprovou com o fracasso dos serviços de assinatura de livros digitais. O fato é que a Amazon não tem urgência de acabar com isso, até porque, ela é a maior vendedora de livros do mundo!!!

O que se pode dizer por enquanto é que o renascimento do livro de papel é algo que vem agradando tanto os autores quanto a Amazon e as editoras!!!

Sugestão de Leitura:

Se você quer conhecer um pouco mais sobre a história dessa grande empresa, leia o livro abaixo:

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