Inteligência artificial: os advogados estão sendo substituídos por robôs
Não é algo fantasioso ou irreal!
Diversos escritórios de advocacia nos Estados Unidos da América (EUA) já estão usando muita tecnologia para ajudar seus advogados a identificar a informação relevante. Percebe-se uma certa tendência de que em breve muito do trabalho feito pelos advogados será executado simplesmente pelos computadores. E aí o candidato mais apto para passar no Exame da Ordem dos Advogados (OAB) provavelmente será o Watson, um computador da IBM no qual a multinacional já investiu mais R$ 360 milhões no desenvolvimento de um sistema de inteligência artificial.
O Watson trabalha com um sistema computacional cognitivo que, como os humanos, aprende a linguagem da sua área, as respostas para determinadas questões e fornece as melhores soluções para um problema de uma forma mais rápida e com base num manancial de informações que o homem é incapaz de memorizar.
Ralph Losey, especialista em tecnologia na firma de advocacia norte-americana Jackson Lewis, numa entrevista para o canal de televisão CNN, disse: “Watson – o advogado – está chegando. Ele pode não pensar em soluções criativas, mas nas tarefas regulares executadas pelos advogados, vai superá-los tranquilamente!”
Em breve, o robô poderá analisar toda a informação pertinente para um caso jurídico, aconselhar se é pertinente avançar com um processo e, inclusive, prever o resultado final. Não é por acaso que a empresa de advocacia Winston & Strawn, com sede em Chicago, usa um sistema de codificação preditiva para facilitar o trabalho dos seus 850 advogados. É um programa que permite a análise de todos os documentos de um caso e, de acordo com os dados marcados pelos juristas como relevantes, identifica provas potencialmente importantes.
Sem dúvida, é uma ajuda e tanto para os advogados numa época em que o número de documentos para analisar disparou de forma incrível. Ainda assim, os especialistas não acreditam que a profissão esteja em perigo, pois, segundo eles, será sempre necessário que um ser humano tome a decisão final e se responsabilize por ela.
De passagem, convém citar que a empresa japonesa Soft Bank, no final de 2014, apresentou o seu robô amigo, o Pepper (custando algo próximo de R$ 7 mil), que sabe ler e reagir às emoções humanas. Ele conta anedotas e coloca a canção preferida de um ser humano quando percebe que ele está triste.
Pois é, ele pode ser o amigo perfeito de Watson ou até dar uma ajuda ao robô-advogado!
Engenheiro, mestre em estatística, professor, autor de dezenas de livros, gestor educacional, palestrante e consultor. Editor chefe da Revista Criática.