Minha Luta, Sua Luta – de Ronda Rousey
Dana White, presidente da Ultimate Fighting Championship (UFC), enfatizou no prefácio do livro Minha Luta, Sua Luta, autobiografia de Ronda Rousey:
“(…) Quando ela luta, a gente sabe que nada de bom vai acontecer com o adversário. Ela tem esse foco, não apenas na luta ou no seu treinamento, mas na vida cotidiana. Esta é uma mulher que não sai na balada. Tudo o que ela faz é acordar todas as manhãs e dizer: ‘Como é que eu posso ser melhor do que fui ontem?’ É literalmente assim que ela vive a vida.
Ronda é um exemplo para o empoderamento de mulheres e meninas. Quando eu era criança, os meninos brincavam aqui e as meninas brincavam ali; os meninos fazem as atividades físicas e as meninas brincam de boneca e casinha.
No último Dia das Bruxas, meninas pelos EUA vestiram-se de Ronda Rousey. Isso porque ela é uma mulher incrível, bonita e poderosa.
Ela inspira a todos. (…) Ronda mudou o mundo dos esportes e, quando tiver terminado, pode ser que ela mude o mundo também!
Eu não imagino nada que ela não possa fazer e quase sinto como se Ronda Rousey estivesse escrevendo seu livro muito cedo, porque ela está apenas começando.
O que esta mulher vai realizar será incrível, então prepare-se para a Parte Dois da história de Ronda Rousey.”
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Logo na primeira página, Ronda Rousey se apresenta e explica por que ela luta:
“Eu sou uma lutadora. Para ser uma lutadora, você tem de ser apaixonada. Tenho tanta paixão que é difícil segurá-la dentro de mim. Essa paixão escapa como as lágrimas dos meus olhos, o suor dos meus poros, o sangue das minhas veias.
(…) Eu luto para deixar as pessoas que me amam orgulhosas. Para fazer as pessoas que me odeiam ferverem. Eu luto por qualquer um que tenha se perdido, que já tenha sido abandonado ou que esteja lutando com seus próprios demônios.
(…) A vida é uma luta desde o instante em que você inspira pela primeira vez até o momento em que você expira pela última. (…) Você tem de lutar contra as instituições que instalam os tetos de vidro que devem ser destruídos. Você tem que lutar contra o seu corpo quando ele lhe diz que está cansado. Você tem de lutar contra sua mente quando a dúvida começa a rastejar lá dentro. Você tem de lutar contra os sistemas que são posicionados para perturbá-lo e os obstáculos que são posicionados para desanimá-lo. Você tem de lutar porque não pode contar com ninguém para lutar por você. E você tem de lutar pelas pessoas que não podem lutar por si mesmas. Para obter qualquer coisa de valor real, você tem de lutar por ela.
Eu aprendi como lutar e como vencer. Quaisquer que sejam seus obstáculos, quem quer que seja ou o que quer que seja o seu adversário, há um caminho para a vitória.
Este é o meu.”
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Em maio de 2015, a importante revista Sports Illustrated chamou Ronda Rousey – campeã invicta do peso-galo do UFC feminino – de a “atleta mais dominante da história do UFC”.
Bem, já está à sua disposição o livro Minha Luta, Sua Luta (Abajour Books) que Ronda Rousey escreveu com a ajuda de sua irmã, a jornalista esportiva Maria Burns Ortiz.
Leia este livro e aprenda a ser um(a) lutador(a) com Ronda Rousey e assimile um pouco do seu comportamento, como a sua reação frente à derrota:
“Eu não me apoio nas vitórias antigas. Eu sempre preciso de uma nova, e é por isso que cada luta significa tudo pra mim.
Eu esqueço as vitórias o tempo todo. Eu esqueço torneios e países inteiros, mas as derrotas ficam comigo para sempre. A cada derrota parece que um pedaço da minha alma morreu.
(…) Para mim, perder só não é pior do que um ente querido morrer. Quando eu perco, eu lamento a morte de uma parte de mim. A única coisa pior do que isso é o luto pela morte de outra pessoa.”
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Numa entrevista para a revista Time (20/07/2015), ao ser perguntada por que gostava de ser odiada, respondeu:
“Bem, se você é um pequeno herói perfeito, qualquer ‘escorregada’ que tiver já fará com que as pessoas esqueçam você como um pequeno herói perfeito.
Porém, se você é um vilão, um anti-herói, os seus erros fazem com que seja mais interessante (ou provável) para que apareçam comentários.
Dessa maneira, as pessoas que me odeiam expressam, às vezes, algumas das minhas falhas ou imperfeições que assim procuro corrigir.
Você pode passar a vida inteira esperando pela perfeição. O trabalho perfeito. O parceiro perfeito. O adversário perfeito. Ou você pode reconhecer que há sempre uma hora melhor, um lugar melhor ou uma oportunidade melhor e se recusar a deixar que a verdade o impeça de fazer todo o possível para tornar o momento presente no momento perfeito.
Eu não sou invicta porque tive circunstâncias perfeitas em cada luta. Sou invicta porque, independentemente das circunstâncias, eu ainda assim ganhei.”
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Conteúdo produzido pela redação da revista Criática.