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Em muitos museus do mundo homenageou-se Leonardo da Vinci!!!


No dia 2 de maio de 1.519 morreu Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou simplesmente, Leonardo da Vinci, em Ambroise, na França. Ele tinha 67 anos na época e com certeza não fazia ideia de que se transformaria no pintor mais famoso de todos os tempos!!!

Pode-se dizer que o artista italiano foi o pioneiro da aplicação do método científico à arte, estudando com afinco as propriedades físicas e matemáticas da luz para conferir a seus quadros uma vivacidade ímpar.

Da Vinci também usou seus talentos como anatomista para entender como as imagens eram captadas pelo olho humano e transmitidas ao cérebro, alcançando insights (percepções) sobre o tema que só seriam confirmados séculos depois.

O resultado dessas tentativas obcecadas de compreender como as luzes e as sombras se comportam no mundo real se revelam em verdadeiras obras-primas, como A Última Ceia, Mona Lisa e outras menos conhecidas, como Dama com Arminho e La Belle Ferronière, nas quais cada detalhe de como os raios luminosos adentram um ambiente e ricocheteiam nas pessoas e nos objetos foi muito bem pensado.

Eis um dos motivos pelos quais Da Vinci demorava para terminar seus quadros e acabou deixando muitos deles inacabados: sua meta sempre foi a perfeição científica, não apenas a artística. Duas palavras italianas que entraram para o vocabulário técnico das artes plásticas ajudam a entender como o mestre florentino concebia uma pintura. Os termos-chave são sfumato, cujo significado literal é “esfumado”; e chiaroscuro, cuja tradução é simplesmente “claro-escuro”, e se refere ao uso de contrastes de luz e sombra.

Leonardo da Vinci, numa coleção de máximas dedicadas a jovens pintores (que ele não publicou em vida, assim como ocorreu com quase todos os seus textos), escreveu: “As sombras e as luzes que desenhais devem se mesclar sem linhas ou fronteiras, à maneira de fumaça que se perde no ar.”

Para o exigente mestre nascido em 1452 no pequeno povoado de Vinci, na Toscana, perto de Florença, a perfeição não era monstruosa, apenas uma meta a seguir por alguém que era o filho ilegítimo de um notário e uma camponesa. Da Vinci teve uma infância solitária – era provavelmente surdo e homossexual – e cresceu como um desajustado.

Passou grande parte de sua vida longe da Toscana, permanecendo em Milão, Roma e, finalmente, mudando-se para a Franca, a convite do rei Francisco I. Infelizmente chegaram até nós pouco mais do que 20 pinturas atribuídas a ele, e hoje, uma delas, Salvator Mundi – que retrata Jesus Cristo – tornou-se a obra de arte mais cara do mundo, alcançando US$ 450 milhões num leilão da Cristhie’s, em 2017.

É verdade que o legado do pintor transcende a barreira entre arte e ciência, como, aliás, comprovam seus desenhos e experimentos. Isso, aliás, justifica tantas homenagens quando as celebrações pelos 500 anos de sua morte se espalharam por museus das mais diversas vocações no mundo todo.

Em Roma, por exemplo, na Scuderie del Quirinale, foi aberta a mostra A Ciência Antes da Ciência, dedicada à produção científica de Da Vinci, exibindo 200 peças, incluindo esboços que foram considerados prelúdios do paraquedas, do helicóptero e do tanque de guerra.

Em Veneza foi aberta a exposição O Homem é o Modelo do Mundo, na Galleria Dell’Accademia, trazendo para o público 24 desenhos raramente expostos, com destaque para O Homem Vitruviano.

Em Florença, cidade em que Leonardo da Vince produziu algumas de suas maiores obras, inaugurou-se a mostra Verrochio, o Mestre de Leonardo, na qual foram exibidas telas do homem que o ensinou, Andrea del Verrocchio, ao lado de trabalhos de seus aprendizes, Pietro Perugino, Domenico Ghirlandaio e do próprio Da Vinci.

No Palazzo Vecchio, também em Florença, foi aberta a mostra Leonardo a Firenze, na qual se expôs trechos do Codex Atlanticus, um documento de mais de mil páginas escrito entre 1478 e 1519, em que o artista fez anotações sobre matemática, astronomia, biologia, química, entre outros estudos.

E ainda no Museu Galileu, também de Florença, montou-se a mostra Leonardo da Vinci: Visões – Os Desafios Tecnológicos do Gênio Universal, expondo projetos de ferramentas, objetos e instrumentos que estavam à frente de seu tempo, como uma carruagem autopropulsionada, planos de como alçar voos, entre outros itens.

Leonardo da Vinci no museu de cera Madame Tussauds de Istambul.

No Museu Real de Turim, os visitantes puderam admirar a exposição Desenhando o Futuro, na qual foram expostos 50 desenhos artísticos e científicos de Leonardo da Vinci, como seu Retrato de um Homem Velho, tido como seu autorretrato, e estudos de obras célebres, como Cabeça de uma Mulher, A Virgem dos Rochedos e A Batalha de Anghiari.

Aliás, a 50 km do local de nascimento de Da Vinci, o Museu Leonardiano exibiu o impacto da paisagem de sua infância em seu trabalho, incluindo desenhos emprestados pela galeria Uffizi das montanhas de Montalbano. E por fim, na cidade de Milão, onde Leonardo da Vinci viveu entre 1482 e 1499, o Museu Ambrosiana promoveu uma exposição inusitada e muito interessante, na cripta da igreja do Santo Sepulcro, colocando lado a lado trabalhos de Da Vinci e do artista pop Andy Warhol.

Como se nota, a Itália se preparou muito para recordar tudo o que Leonardo da Vinci fizera em vida, e com isso certamente atraiu milhares de visitantes aos seus museus – sendo boa parte dessas pessoas, turistas estrangeiros. A França, ou mais precisamente a cidade de Ambroise, onde ele faleceu, também não ficou para trás. Para lembrar o dia da morte do pintor os presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Itália, Sérgio Mattarella, reuniram-se em 2 de maio no castelo Real de Ambroise, onde fica a tumba do artista, e inauguraram uma exposição sobre os últimos anos de vida de Leonardo da Vinci.

Em muitos outros países também ocorreram exposições e eventos para celebrar os 500 anos da morte do genial pintor. Uma que decepcionou foi a do Museu do Louvre de Abu Dhabi, pois esperava-se que na sua mostra estivesse a obra Salvator Mundi (dizem que seu comprador está ligado ao príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, da Arábia Saudita…), mas isso não aconteceu…

Como se nota, as artes visuais têm um poder incrível para criar visitabilidade nos museus em que são exibidas, pois, entre outras coisas, elas possibilitam aos visitantes ampliar seus conhecimentos e sua cultura. Pouca coisa aconteceu no País para homenagear Leonardo da Vinci, como foi o caso da exposição Leonardo da Vinci – 500 Anos de Legado, instalada no Parkshopping de Brasília, com réplicas de algumas obras do famoso pintor.

É lamentável que no Brasil, provavelmente por falhas na educação, não se valorize nem a museologia nem o patrimônio cultural – nenhum deles recebe o devido apoio, seja do governo, seja do setor privado. Não contamos com mecenas culturais que estejam de fato envolvidos com o incremento da produção cultural e ajudem na formação da identidade nacional, contribuindo para que haja um avanço civilizatório em nosso País!!!

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