O AquaRio, mais uma grande atração para se visitar no Rio de Janeiro
Foi inaugurado em 9 de novembro de 2016 o AquaRio – o aquário marinho do Rio de Janeiro, com números impressionantes.
Assim, tem-se nele 26 mil m2 de área construída, 4,5 milhões de litros de água salgada, 8 mil animais de 350 espécies, que precisam diariamente de centenas de quilos de alimentos para poderem sobreviver.
Esse é um investimento privado que consumiu R$ 130 milhões e no qual as grandes estrelas são os tubarões, como o tubarão-gato, que tem os olhos semelhantes aos dos felinos, nativos dos oceanos Índico e Pacífico, ou o tubarão-lixa, a maior espécie de tubarão do AquaRio, que mede 4m e chega a pesar 300 kg, cujo hábito é dormir empilhado sobre outros tubarões.
O diretor-presidente do AquaRio, Marcelo Szpilman, que é também biólogo marinho, explicou:
Você não preserva o que não conhece. Quem vai preservar o tubarão se achar que ele é uma fera assassina? Vão querer dizimar todos para tornar oceanos seguros, não é? É necessário entender o papel dos tubarões para promover o equilíbrio da vida nos oceanos e, assim, preservá-los. A ideia do aquário é desmistificar o tubarão, que é um animal como outro qualquer.
No AquaRio vamos desenvolver projetos de pesquisa para a reprodução de peixes em cativeiro. Ele será o primeiro aquário do mundo a ter um sistema de captação de desova espontânea em cativeiro. Acredito ser uma grande tolice alguns acharem que não se deve criar animais em cativeiro.
Por sinal, o ser humano já não caça nem coleta tanto quanto antes… Ele cria gado, porcos, aves etc. Só no mar é que se continua caçando e coletando… Por isso cerca de 80% da população de peixes que comemos está em acentuado declínio.
Portanto, é necessário criar protocolos para a reprodução de peixes em cativeiro, como já existem para a garoupa e o badejo. O visitante, porém, não verá no AquaRio mamíferos marinhos. É um absurdo colocar um cetáceo em cativeiro. São animais com nível de inteligência maior, extremamente sociáveis. A exceção é o esqueleto gigante de uma baleia jubarte, que encalhou e morreu na praia da Macumba, zona oeste do Rio de Janeiro. Essa baleia ficou enterrada quase um ano, foi reconstituída e está em exposição no lobby do aquário.
O AquaRio está instalado em um dos extremos da Orla Conde, uma área revitalizada do porto do Rio de Janeiro, mais precisamente ocupando um antigo frigorífico que foi erguido em 1914.
A visita começa numa estação de plânctons, onde, com o auxílio de uma lupa eletrônica, pode-se visualizar os seres microscópicos que flutuam nos oceanos e são a base da cadeia alimentar na vida marinha.
Seguem-se os tanques temáticos, um para animais que se enterram, como os mirorós (espécie de moreia), as estrelas do mar e os linguados.
Outro é destinado aos chamados peixes “perigosos”, como moreias, raias e peixe-leão, uma espécie invasora que se espalhou pelo Caribe e ameaça a biodiversidade da região.
Um terceiro tanque é dos invertebrados, com lagostas e caranguejos gigantes.
Há ainda o recinto que tudo indica é o que mais vai agradar a criançada, no qual se reproduz a região em que os oceanos Índico e Pacífico se encontram, com seus corais coloridos.
É ali que vivem os peixes que inspiraram os personagens da animação Procurando Nemo.
Especialmente as crianças, elas hoje reconhecem além do peixinho-palhaço que deu nome ao filme, Dory (espécie cirurgião-paleta) e Gill (Moorish Idol).
Mais à frente fica um tanque cilíndrico de cardume de xereletes, peixes que nunca param de nadar. É possível entrar por um pequeno túnel, enfiar a cabeça num domo de acrílico e ter a sensação de que os peixes estão a poucos centímetros do rosto do visitante!!!
Sem dúvida, a grande vedete do aquário é o tanque oceanográfico, com 3,5 milhões de litros de água e 7 m de pé-direito.
Ele é atravessado por um túnel que, em algumas partes tem 5 metros de coluna de água sobre ele. Num tanque nadam bonitos, raias, tubarões.
Nesse tanque acontecerão os mergulhos com tubarões e raias (com cilindro e oxigênio para mergulhadores e com snorkel para os iniciantes).
Claro que é uma aventura para quem não tem medo de tubarões…
Deve-se ressaltar que 90% das espécies vistas no AquaRio são brasileiras, inclusive usadas para o consumo, como sardinhas, bonitos, xereletes e tainhas.
Que bom que foi aberta mais essa atração no Rio de Janeiro, cada vez mais cativante e recebendo muitos visitantes das cidades que fazem parte do Grande Rio e aqueles bem mais afastados da “Cidade Maravilhosa”.
Vamos conferir no final de 2017 quantos milhões de visitantes recebeu o AquaRio e se valeu a pena fazer esse investimento, não é?
Conteúdo produzido pela redação da revista Criática.