O artesanato moderno está se valendo do movimento maker!!!
O movimento maker é caracterizado pela união do mecânico com o digital.
Para um dos precursores do assunto, o autor britânico Chris Anderson, que escreveu Makers: A Nova Revolução Industrial, esse fenômeno faz parte de uma lógica de produção inédita e se destaca por ocorrer entre pessoas – e não somente nas empresas.
Dale Dougherty, fundador da revista Make, a primeira publicação voltada ao tema, prefere enxergar essa tendência como uma “renascença criativa”, ou seja, um salto qualitativo e quantitativo para o artesanato!!! Para ele, o movimento maker vai levar milhões de pessoas para a cultura da criatividade.
Já Chris Anderson, sobre o movimento maker, disse: “Há uma revolução acontecendo e o movimento maker é uma parte disso. Incialmente, deve-se destacar que está havendo uma substituição de músculos por máquinas. Com isso, está se substituindo o poder de pensar dos cérebros – digamos do artesão, refletindo continuamente sobre o que está elaborando – por máquinas. Mas, na realidade, acaba-se fazendo uma certa combinação, ou seja, desenvolveu-se uma manufatura digital.
O grande efeito é que isso não será feito só nas empresas, mas nas casas de pessoas comuns. Portanto, o movimento maker leva a uma revolução democratizante.
A maior mudança que o movimento maker já provocou nos últimos anos foi o de virar uma grande indústria do trabalho manual, contando com a ajuda da impressora de três dimensões (3D). E para se convencer disso, basta olhar os vídeos do tipo “Faça você mesmo” no You Tube. Eles abrangem tanto as artes quanto a ciência, tanto hobbies quanto empresas.
Os objetos que costumavam ser feitos por profissionais ou exigiam conhecimento especial, como design digital e engenharia, podem ser executados até por crianças que estão no ensino fundamental. Com uma impressora 3D, os fazedores (makers) podem produzir agora brinquedos para seus filhos, utensílios para serem usados na cozinha e, inclusive, peças para seus automóveis.
Em 2014, quando na sede do governo norte-americano – a Casa Branca – aconteceu uma feira de makers, o presidente Barak Obama declarou: “O nosso país não foi construído com as pessoas comprando, mas sim fazendo.”
O movimento maker tem um potencial tremendo de transformar a educação como uma experiência para os jovens, encorajando-os a serem mais criativos ainda e expressando o que pensam. Dessa maneira, eles poderão ajudar a moldar um novo mundo de trabalho e não viverem em um que lhes seja imposto!!!”
Observação importante – Tudo indica que em 2016 o Rio de Janeiro (e talvez São Paulo) venha a receber uma Maker Faire, uma feira que já foi realizada em mais de 140 cidades em 2015, bem como o festival de economia criativa (EC) Picnic. É claro que para isso acontecer é necessário promover a construção de espaços onde os fazedores possam se juntar – os chamados makerspaces.
Conteúdo produzido pela redação da revista Criática.