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Empregos no futuro
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Onde estarão os empregos a partir de 2025?


Um grupo de pensadores sobre tecnologia incluindo Walter Isaacson, que escreveu a famosa biografia de Steve Jobs; o economista George Magnus; crítico de tecnologia Nicholas Carr; a cocriadora da empresa H Robotics, Pipa Malmgren; e o autor do livro O Culto do Amador, Andrew Keen, após um debate realizado em Londres em 2015 chegaram à seguinte previsão apocalíptica: em 2025, softwares e robôs terão eliminado metade das vagas que hoje usam mão de obra, como operadores de telemarketing, corretores, carteiros e jornalistas, ameaçando o mundo com o desemprego de 2 bilhões de pessoas.

Um indicador claro dessa tendência é a venda acelerada de robôs que, segundo a pesquisa da World Robotics, da Federação Internacional de Robótica (IFR na sigla em inglês), em 2015, alcançou 255 mil unidades com um crescimento de 12% em relação a 2014. Espera-se que até 2018 as vendas ultrapassem 400 mil unidades por ano. Por enquanto, a China e a Coreia do Sul, na Ásia, são as responsáveis tanto pelas vendas como compras de robôs industriais, instalando por ano algo como 30 mil a 40 mil novos robôs respectivamente. Países como Alemanha, Estados Unidos da América (EUA) e Japão estão cada vez mais substituindo os seres humanos, atribuindo as suas tarefas aos robôs.

No Brasil, lamentavelmente, permanece a mentalidade arraigada que a “automação desemprega os trabalhadores”, não se investe em inovação tecnológica e até o início de 2016, o País não tinha mais de 10 mil robôs industriais em operação.

Porém, a grande ameaça dos robôs ao emprego não está mais apenas na indústria. As máquinas inteligentes chegaram ao setor de serviços. Elas já não apenas transcrevem e traduzem a fala humana como também imitam a maneira como pensamos!!! São capazes de dirigir um carro, escrever pequenas reportagens ou um relatório, preencher uma declaração do imposto de renda, dar telefonemas e conversar com clientes e trabalhar de maneira autônoma em fábricas, depósitos e ao ar livre, além de pousar um avião!!!

Em cada uma dessas habilidades aprendida pelas máquinas, os seres humanos irão perdendo seus empregos… Por exemplo, na Suíça, estão surgindo os “carteiros voadores”, ou seja, são os drones, já com capacidade de carga de 3 kg que vão fazer as entregas. Foram testados em julho de 2015 e nos próximos cinco anos vão começar a substituir os humanos, principalmente nas entregas em vilarejos distantes e casas nas montanhas. Nas cidades, a Suíça ainda está elaborando uma regulamentação para esses veículos aéreos.

Nos EUA, a famosa empresa de comércio eletrônico Amazon, desde 2013, está testando um sistema que permitirá que um produto seja entregue por um drone apenas meia hora depois de comprado!!! Lá ainda o drone depende de normas aéreas para operar.

Por seu turno, o Royal Bank do Canadá começou a substituir os seus atendentes de telemarketing pelo supercomputador Watson, da IBM, conhecido por ter vencido em 2011 no programa Jeopardy de perguntas e respostas da TV norte-americana, dois ex-campeões e que roda algoritmos que são o mais próximo que se tem de uma tecnologia que processa informação como se fosse um cérebro humano!!! Ele também pode aprender outras tarefas, como “trabalhar” em serviços de suporte ao cliente e gerenciar a administração de uma faculdade ou a rotina de um hospital.

Com a Internet, a partir de 2000, a tecnologia passou a destruir empregos em velocidade maior do que é capaz de criá-los, como apresentaram os pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) Erik Brynjolfsson e Andrew McAfee no seu livro A Segunda Era das Máquinas, com o que tornou-se cada vez mais frequente encontrar-se profissionais qualificados trabalhando como atendentes de lanchonete ou táxis do aplicativo Uber.

E esse processo de incremento do desemprego está sendo acelerado pela reindustrialização dos países ricos, principalmente dos EUA, depois de décadas de perda de fábricas para a China. Pressionadas após a crise econômica que ocorreu em 2008, a voltar a produzir em seus países de origem empresas como as norte-americanas Apple, General Electric (GE), Ford e Whirlpool etc. com fábricas quase totalmente automatizadas. Na Europa, por exemplo, a fábrica da Philips em Drachten, na Holanda, produz barbeadores elétricos com 126 robôs e apenas algumas dezenas de empregados.

Na China, uma unidade semelhante emprega duas mil pessoas. Mas também os chineses estão mudando, a mão de obra já não é barata, atrativo que levou fábricas para o país. Os primeiros robôs industriais entraram em operação em 2003. E agora já se tem mais de 50 empresas de porte médio ou grande com produção totalmente automatizada. Cada uma emprega dez vezes menos seres humanos do que uma fábrica normal.

Um dos críticos mais famosos da cultura digital, Andrew Keen, afirmou: “É a classe média que será a principal prejudicada, pois são os ocupantes dos empregos nos escritórios e diversos profissionais qualificados que vão quase desaparecer. A classe média será dizimada e haverá apenas uma nova elite que será capaz de trabalhar bem com os computadores, com isso novos empregos serão criados, mas não serão suficientes…”

Médicos, paramédicos e enfermeiros estão salvos do desemprego tecnológico. Cuidadores de idosos – público que cresce com o envelhecimento da população – e predutores de conteúdo estão entre os trabalhadores do futuro. Da mesma maneira as tarefas criativas requererão pessoas aptas a realizá-las, por isso, vai haver uma demanda em vários setores da economia criativa (EC).

Brynjolfsson recomendou: “A nossa educação precisa urgentemente ser redesenhada. Os currículos escolares devem abandonar a memorização de fatos e fórmulas e focar mais em criatividade e comunicação.” Os especialistas apontam que os trabalhadores do futuro serão aqueles que sejam designers, arquitetos, desenvolvedores de softwares, usuários de impressoras de três dimensões (3D) e até os professores continuaram a existir, mas serão mais orientadores ou treinadores.

É interessante o exemplo da Alemanha, o único dos países ricos que não se desindustrializou e que possui, hoje, uma das indústrias mais automatizadas do mundo. Lá foi criado em 2012 o projeto Indústria 4.0, uma coalizão entre governo, empresas, universidades e associações de classe, visando ter fábricas inteligentes para garantir a competitividade da indústria alemã, mas permitindo algum outro tipo de ocupação e sobrevivência para as pessoas.
Na Alemanha, busca-se mostrar que o avanço tecnológico também gera soluções positivas para os empregos. No Brasil não existe ainda nenhum projeto como o da Alemanha e o que é pior, não estamos entendendo que o problema do desemprego é mundial, sendo que nos países mais ricos, eles estão cada vez mais envolvidos com o desenvolvimento da EC.

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