Spinner, o brinquedo metálico sensação do momento
O Spinner é um brinquedo metálico que basicamente impressiona por sua forma de girar.
O grande sucesso teve início quando Natan Stulzer, um garoto de 14 anos, divulgou um vídeo exibindo suas “manobras” com um brinquedo ao qual chamou de Spinner!!! Em apenas dois dias ele viu sua popularidade crescer enormemente, e seu canal alcançar quase 100 mil visualizações.
Todavia, esse gadget surgiu há um bom tempo e demorou bastante para fazer sucesso.
Inicialmente, o projeto foi creditado à engenheira química Catherine Hettinger, que declarou ao New York Post que a ideia do brinquedo teria surgido depois de observar meninas atirando pedras em policiais em Israel. Segundo a autora, a partir daquele momento ela pensou em desenvolver um brinquedo calmante que pudesse ajudar as crianças “direcionar melhor” a sua energia e “promover a paz”. Porém, o desenvolvimento propriamente dito só ocorreria mais tarde, depois que a autora passou a sofrer de uma doença que lhe causava fraqueza muscular. Assim, na tentativa de entreter a sua filha ela criou o Fidget Spinner, que ela podia rodar sem fazer muito esforço físico.
Então, em 28 de maio de 1993, Hettinger requereu a patente para “um brinquedo de giro”: um dispositivo de peça única redondo feito de “plástico macio,” composto de uma “cúpula” central para o posicionamento do dedo e de uma “saia” (círculo exterior).
A autora iniciou a produção em sua própria casa, vendendo sua invenção em feiras de arte no Estado da Flórida. Em seguida ela procurou as fábricas de brinquedo, mas não teve sucesso – a própria Hasbro a rejeitou!?!? Na época a invenção ganhou o nome de Fidget Spinner (algo como “equipamento giratório inquietante” e, no início da década de 1990, chegou a ser mencionada por alguns jornais.
A patente de Hettinger já expirou e atualmente há pouca conexão direta entre o protótipo do brinquedo dela e os Fidget Spinners atuais (com duas, três ou seis lâminas). De fato, surgiram no mercado diversos Fidget Spinners com outras pessoas se declarando como suas inventoras…
Atualmente, na loja virtual da Amazon norte-americana, entre os dez brinquedos mais vendidos sete são versões do Spinner. Já em São Paulo, o gadget está à venda em lojas, bancas de jornais e até mesmo nas barraquinhas dos ambulantes, sendo que os preços variam de R$ 15 até algumas centenas de reais.
Com uma loja virtual e duas físicas, a Toy Show vendeu em um mês cerca de 20 mil unidades desse brinquedo e, inclusive, organizou um torneio no qual a regra básica era conseguir fazer com que o brinquedo girasse pelo maior tempo possível!!! Mas para quem não quer gastar, também é possível construir seu próprio Spinner, acompanhando as instruções postadas em vídeos no YouTube.
E não se trata apenas de brincar, uma vez que já foram associados a essa engenhoca alguns efeitos benéficos. Afirma-se, por exemplo, que ele seja antiestressante e possa ser usado até no tratamento de ansiedade e depressão!?!?
O fato é que a febre com o Spinner se espalhou particularmente pelas escolas de ensino médio na capital paulista, tirando a atenção dos alunos em sala de aula. Isso, é claro, fez com que os professores tivessem mais um objeto para recolher durante as aulas, além dos celulares, é claro…
Quem diria, não é mesmo, que em plena era digital surgisse um brinquedo – um objeto físico – capaz de atrair tamanha atenção das crianças e dos adolescentes? O fato é que o Spinner conseguiu isso! Todos que o fabricaram e venderam obtiveram excelente retorno, pelo menos ao longo do 1º semestre de 2017!!!
