O streaming está liderando o mercado norte-americano!
Uma incrível marca foi alcançada nos Estados Unidos da América (EUA) em 2016, ou seja, os serviços de streaming de música alcançaram mais um grande nível.
No relatório divulgado em 23 de março de 2016 pela Recording Industry Association of America (RIAA), a organização que concentra as grandes gravadoras norte-americanas, plataformas como Spotify, Apple Music e Pandora, superaram o download digital em faturamento em 2015, fazendo do streaming a forma líder de arrecadação na indústria fonográfica dos EUA.
Com crescimento de 29% em 2015, o streaming arrecadou US$ 2,41 bilhões – o equivalente a 34,3% do faturamento. Já os downloads digitais tiveram queda 10% em 2015, alcançando a US$ 2,3 bilhões (34% do setor). Enquanto isso, as vendas de música em formato físico caíram 10%, para US$ 2 bilhões. Ao todo, o mercado cresceu bem pouco, ou seja, algo próximo de 0,9%, faturando US$ 7 bilhões em 2015.
O presidente da RIAA, Cary Sherman, comentou: “O setor de música agora é um negócio digital, sendo que mais de 70% de sua receita é proveniente de uma ampla variedade de plataformas e formatos digitais. Os formatos digitais têm a posição mais destacada no setor de música, em termos de participação da sua receita, do que em qualquer outro setor.”
Saliente-se que quem puxou o crescimento do mercado de streaming foi o aumento do número de usuários pagos: sendo que em 2015, as assinaturas de serviços de streaming nos EUA cresceram 40%, saltando de 7,7 milhões de assinantes para 10,8 milhões. Ao todo, US$ 1,2 bilhão foi faturado com esse tipo de serviço, contra US$ 385 milhões de receitas vindas de anúncios inseridos entre as músicas nos serviços de streaming. E nesse caso, esse montante inclui também a receita gerada por vídeos no YouTube.
Apesar de ser um número expressivo, a receita de música com o apoio de anúncios foi superada em 2015 por um ramo bastante tradicional da indústria fonográfica: o vinil. Em seu melhor ano desde 1998, os LPs (long plays) tiveram alta de 32% no ano passado, faturando US$ 416 milhões.
No Brasil, as receitas de mercado de música cresceram 10,6% em 2015, sendo que o mercado digital (downloads, streaming e telefonia móvel) cresceu 45%, segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD), divulgados em 12/4/2016. O número que mais impressionou foi o crescimento nas receitas provenientes das assinaturas de serviços de música por assinatura: 192%. Dessa maneira, os usuários que pagam mensalidades para uma plataforma (como o Spotify, Apple Music ou Deezer) praticamente triplicaram de um ano para outro. Por outro lado, as vendas físicas (CDs e DVDs) no Brasil, no ano passado, caíram cerca de 19%, tendo sido respectivamente para os CDs e DVDs, R$ 143,7 milhões e R$ 59 milhões.
Conteúdo produzido pela redação da revista Criática.