Virginia Rometty está procurando fazer o “elefante dançar”, entenda
A gigantesca empresa IBM tem agora no seu comando Virginia Rometty, ou Ginni, como é conhecida possivelmente a mulher mais poderosa do mundo, pois dirige uma empresa com quase meio milhão de funcionários no mundo todo. Cerca de 20% deles correm sério risco de perder os seus empregos se as reformas que ela quer implementar não derem certo.
A tecnologia dessa companhia é encontrada em 90% dos bancos do mundo, 80% das empresas aéreas e 70% de todos os negócios de capital aberto. Em 2014, a IBM obteve uma receita de US$ 93 bilhões, ou seja, de fato a empresa é uma gigante, que foi fundada em 1911 e já precisou passar por muitas reestruturações para poder sobreviver.
Em 1993, Louis Gerstner assumiu o comando que reorientou a empresa fabricante de “poderosos” computadores para o setor dos softwares e a arrastou para a Internet. Também acabou com os rígidos “silos” burocráticos da empresa, transformando a sua imagem sisuda, como ele explicou em seu livro Quem Disse que os Elefantes Não Dançam?
Sam Palmisano, o seu sucessor, dez anos depois, encantou os investidores ao prometer lucros de US$ 10 por ação em 2010 e de US$ 20 em 2015. A IBM cumpriu a primeira promessa, mas quando Virginia Rometty assumiu o leme, em 1º de janeiro de 2012, a empresa não era mais a queridinha do mercado acionário e a executiva descartou a segunda promessa. Mas isso não quer dizer, entretanto, que ela não pretende renovar a IBM para que a empresa progrida!
O seu plano consiste, essencialmente, em três partes. Na primeira, ela está buscando retirar a IBM das linhas de negócios não rentáveis. Na segunda vertente de sua reforma ela pretende convencer sua equipe de voltar-se para o objetivo de reinventar-se. Assim, no lugar de concentrar-se em seus produtos e serviços tradicionais, os funcionários devem pensar em como encontrar melhores soluções para os seus clientes. E então foi criada a “experiência de aprendizagem” cibernética em massa que ocorre na primeira sexta-feira de cada mês, denominada Think Academy, obrigatória para todos os 480 mil funcionários da companhia. E finalmente a terceira abordagem essencial para a revitalização da empresa que é o estabelecimento de parcerias com organizações como a Apple e o Twitter para poder explorar tecnologias móveis e desenvolver serviços como computação em nuvem e a segurança cibernética. O entusiasmo deve ser voltado principalmente para a inteligência artificial, ou seja, a “computação cognitiva” com a qual vai ser possível ajudar médicos a fazerem melhores diagnósticos, advogados a realizar pesquisas legais ou jornalistas a conduzir investigações.
Comentou Virginia Rometty: “A nossa máquina Watson é fenomenal nisso, porque é imparcial. Isso é crucial. As pessoas não são imparciais,elas têm tantos dados que simplesmente não conseguem lidar com todos eles e, por isso, formam preconceitos. Mas o Watson é capaz de lidar com todos esses dados”.
Deslumbrante tudo isso que em breve o Watson poderá fazer, não é?
Conteúdo produzido pela redação da revista Criática.