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S E T E M B R O / O U T U B R O 2 0 1 6

teúdos que acessam. Dessa maneira, para

investigar adequadamente um indivíduo, é

necessário examinar um amplo espectro dos

dados que o cerca. Obviamente, a análise de

big data

está revolucionando a maneira como

vemos – e processamos – o mundo, o que cria

um panorama fascinante e alarmante com for-

te impacto em todas as áreas.

É verdade que o volume de dados dispo-

níveis está dobrando a cada dois anos, mas

com a queda dos custos de processamento,

as técnicas de análise estão se democrati-

zando, e mesmo as empresas menores po-

dem valer-se do

big data

!!!”

Fornecer o resultado de processamento

do

big data

fez surgir uma grande série de

novas empresas que ajudaram muitas orga-

nizações a saber o que fazer para um me-

lhor atendimento ao consumidor.

Os fatos comprovaram que o presidente

dos EUA, Barack Obama, conseguiu muito

sucesso com a grande análise de dados

que o levou a montar uma formidável má-

quina política com a identificação de seus

potenciais eleitores, os quais acabaram

garantindo-lhe a reeleição

!!!

A prefeitura de Nova York já recorreu ao

big data

para daí saber como incrementar a

eficiência de atividades como o atendimen-

to em situações de calamidade pública e a

identificação de locais em que se vendiam

cigarros contrabandeados.

Tudo indica que por meio do

big data

será

possível chegar à solução

de graves proble-

mas globais

, como a questão das mudanças

climáticas, a erradicação de doenças e o

fomento à boa governança e ao desenvolvi-

mento econômico!!!

Naturalmente, o

big data

tem o seu lado

negro (ou ruim), como, por exemplo, possibi-

litar a invasão de privacidade!!! E o que não

se pode esquecer é que a captura de dados

pessoais está presente na maioria das fer-

ramentas tecnológicas que usamos, de

sites

na Internet a aplicativos (

apps

)!!!

O outro perigo é o de se cair na situação

que já foi retratada no filme de ficção científi-

ca

Minority Report

, que retrata um mundo em

que as pessoas podem ser

detidas por crimes

antes mesmo de cometê-los

!!! Já estão sen-

do feitas análises que possibilitarão projetar

o comportamento de uma pessoa no futuro.

Quem está muito interessado nisso são as

empresas seguradoras, para se prevenir...

Entretanto, não se pode esquecer que o

big data

exacerba um problema bem antigo, ou

seja,

confiar exclusivamente em números

, ape-

sar deles também serem sujeitos a erros!?!?

Entre os grandes fracassos, não se pode

esquecer a grande crise econômica de 2008,

com a quebra de muitas empresas, o que no

fim das contas ocorreu e foi agravado por siste-

mas de negociação baseados em informações

provenientes de algoritmos matemáticos.

Nesse sentido, vale a pena nunca esque-

cer recomendação que o músico e cientis-

ta em computação Jaron Lanier dá em seu

livro

Who Owns the Future?

(algo como

A

Quem Pertence o Futuro?

): “Existe uma enor-

me diferença entre

big data

científico, como,

por exemplo, a análise de uma epidemia de

gripe, e o

big data

sobre pessoas, que é mul-

tifacetado, contraditório e pouco confiável.”

Para concluir, deve-se salientar que vai

crescer cada vez mais o interesse pelas fer-

ramentas de

big data

que possibilitam enten-

der e quantificar o mundo dos negócios e as

preferências das pessoas, mas também sur-

ge o alerta para que não

fiquemos totalmen-

te a mercê da ditadura dos dados!!!

Tudo indica que por

meio do

big data

será

possível chegar à

solução

de graves

problemas globais

,

como a questão das

mudanças climáticas,

a erradicação de

doenças e o fomento

à boa governança e

ao desenvolvimento

econômico!!!

Um livro incrível

de Jaron Lanier.