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O U T U B R O / N O V E M B R O / D E Z E M B R O 2 0 1 7

leilão. Mesmo entre as transações priva-

das, a estimativa é que o quadro mais caro

já comercializado tenha sido um Vilhelm

de Kooning, vendido por US$ 300 milhões,

também em 2015, apesar de ser quase im-

possível confirmar isso... Outra venda pri-

vada estratosférica parece ter ocorrido em

2011, quando um Cézanne custou US$ 266

milhões, mas...

O

Salvator Mundi

, antes de se tornar a

pintura mais cara da história (consideran-

do os leilões e as vendas privadas), teve

uma história extremamente curiosa até se

tornar um “objeto de desejo” no mundo

da arte, dominado por ultrabilionários!!!

Assim, desde que foi pintado pelo mestre

renascentista, há mais de 500 anos, o valor

dessa tela foi oscilando muito, dependen-

do bastante das notícias espalhadas pelos

especialistas em arte, que sugeriam que

o quadro não fosse de Leonardo da Vinci,

mas de algum de seus seguidores.

Porém, mesmo que possa ter sido pin-

tado por uma espécie de filho bastardo de

Da Vinci, o fato é que o quadro passou boa

parte de sua existência nas mãos da nobre-

za. Ele esteve na coleção de três reis ingle-

ses, dentre os quais Carlos I (1600-1649), e

foi leiloado pelo filho do duque de Buckin-

gham no século XVIII. Depois de um tempo

desaparecida, a tela ressurgiu no século XX,

fazendo parte da coleção de um britânico,

que afirmava que a obra teria sido pintada

por um discípulo do mestre Leonardo da

Vinci!!!

Em 1958, a tela acabou sendo vendida

em péssimo estado de conservação, por

míseros US$ 10 mil!!! Seu penúltimo dono,

agora algumas centenas de milhões de dólares mais rico, foi o bi-

lionário russo Dmitry Rybolovlev, que em 2013 pagara por ela US$

127,5 milhões.

E você, caro(a) leito(a) da

Criática

, acha que esse quadro é ori-

ginal? É claro que a escassez de algo, ou seja, sua

raridade

, faz com

que o objeto acabe se tornando muito valorizado. Mas isso já é

demais, não é mesmo?

O

Salvator Mundi

, antes de se tornar a

pintura mais cara da história (considerando

os leilões e as vendas privadas), teve uma

história extremamente curiosa até se tornar

um

“objeto de desejo”

nomundo da arte,

dominado por ultrabilionários!!!

Será que

Salvator Mundi

não é uma grande

"enganação"?

Um aspecto da Christie's de Nova York.