Comunidade Três Unidos, na Amazônia.
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O U T U B R O / N O V E M B R O / D E Z E M B R O 2 0 1 7
Um ventilador permite atenuar um pouco o calor.
O menu do café da manhã inclui raízes (man-
dioca, batata-doce etc.) e banana-da-terra, além de
ovos e queijos, além de sucos de fruta como cajá e
cupuaçu! A eletricidade é intermitente e, por isso, o
banho é frio – até porque não há chuveiro elétrico
no quarto. Os sinais de telefone e Internet oscilam
entre
escasso
e
inexistente
. Mas tudo bem, pois os
visitantes que a pousada recebe são pessoas que
desejam se enfiar no mato e conviver com as pes-
soas da comunidade.
Desde que a pousada do Garrido iniciou suas
atividades o local já recebeu quase uma centena
de visitantes ao longo de um ano. Na realidade,
sua capacidade máxima é de 12 pessoas, poden-
do chegar a 15, recorrendo aos quartos de outros
moradores. O empreendimento emprega cerca
de 6 parentes e se tornou responsável por
90%
da renda famíliar!!!
Um fato muito positivo é que o turismo de
base comunitária tem sido fomentado por enti-
dades como a FAS, transformando-se num impor-
tante elemento para a renda das comunidades
indígenas e ribeirinhas e, com isso,
evitando que
as pessoas que ali vivem se dediquem ao des-
matamento
!!! Desse modo – juntamente com o
extrativismo de frutas e sementes, a agricultura
de subsistência, o artesanato e os programas de
inclusão social –, o
turismo
se transformou ago-
ra numa importante opção econômica para uma
região em que as oportunidades de trabalho são
escassas.
É preciso ampliar significativamente o turismo
comunitário, pois essa é uma grande ideia e tem
tudo para prosperar bastante. Todavia, é preciso
melhorar bastante as condições de comunicação
e o suprimento de energia elétrica.
Observação importante
– Esse texto foi ela-
borado a partir da excelente matéria publica-
da por Andrea Vialli, no jornal
Folha de S.Paulo
(3/12/2017), com o título
Turismo comunitário
apresenta dia a dia ribeirinhos a visitantes
.