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lhos que fazemos atualmente. Quanto mais

olho para frente, mais me convenço que

muitos empregos não terão mais a ver com

subsistência. Como tudo vai ser tão bara-

to, nossos empregos serão aqueles ligados

com

artes

e com o

conhecimento

, ou seja,

nos setores que constituem a economia

criativa

. E ela que principalmente nos man-

terá ocupados.”

Hoje, as tarefas mais comuns dos robôs

industriais incluem suspender cargas pesa-

das, soldar e aplicar cola, tinta e outros re-

vestimentos. Os robôs podem levantar car-

gas muito mais pesadas do que as pessoas

conseguem carregar e são muito mais pre-

cisos. Ao contrário das pessoas, eles fazem

exatamente o que lhes ordenam e podem

trabalhar 24 horas por dia!!!

Naturalmente, os robôs ainda não se

igualam às pessoas em termos de versa-

tilidade, bom senso e capacidade de im-

provisar. Por exemplo, não será nada fácil

ter um robô que tire as chaves do bolso

de uma calça, como faz uma pessoa. Essa

tarefa realmente requer uma destreza que

os robôs venham a ter só daqui uns 30

anos...

Considerando as limitações tecnológicas,

uma abordagem cada vez mais popular é

produzir robôs colaboradores, que trabalhem

junto com as pessoas. Os robôs fazem as ta-

refas que exigem força e precisão, enquanto

as pessoas entram com a destreza para unir

peças e o bom senso para resolver imprevis-

tos. Os robôs estão ficando menores e mais

leves e já podem ser movidos de uma tarefa

para outra. Eles também estão se tornando

mais fáceis de programar à medida que os

desenvolvedores criam métodos intuitivos

para

ensiná-los

a realizar novas tarefas.

O

boom

global de produtos como

smart-

phones

e consoles de jogos eletrônicos

reduziu o custo de componentes de robôs

como sensores, câmeras e

chips

capazes

de processar grandes volumes de informa-

ção. Os avanços em reconhecimento de voz,

do tipo possibilitado pelo aplicativo Siri, do

iPhone

, permitirão que os robôs cheguem a

um ponto em que as pessoas possam dizer

a

eles o que fazer

!!!

Mas os robôs também têm o potencial

de aprender sozinhos. No lugar de apenas

seguir instruções codificadas escritas por

pessoas, eles serão cada vez mais capazes

de aprender habilidades procurando na In-

ternet pistas de como problemas específicos foram re-

solvidos antes!?!?

A automação, é claro, não consiste só em robôs. Avan-

ços na impressão em três dimensões (3D) devem permi-

tir que muitos produtos sejam feitos com menos

traba-

lho humano

. E a convergência de grandes quantidades

de dados, o chamado

big data

, e uma computação móvel

cada vez mais poderosa significa que as máquinas vão

ajudar as pessoas a terem mais habilidades e a trabalhar

com mais eficiência, de modo que a consequência será

menos pessoas necessárias para executarem diversas

tarefas.

Os investidores de peso como o presidente da Tes-

la, Elon Musk; o cofundador do PayPal, Peter Thiel; e o

cofundador e presidente do conselho do LinkedIn, Reid

Hoffman,anunciaram a liberação, nos próximos anos, de

US$ 1 bilhão para incrementar as pesquisas com inteli-

gência artificial (IA) para se chegar à “inteligência digital”.

Essa organização vai se chamar OpenAI, cujo diretor

de pesquisa será Ilya Sutskever, especialista do Google

em aprendizado de máquinas. Elon Musk comentou: “O

nosso objetivo de longo prazo é o de criar uma

inteligên-

cia artificial geral

, isto é, uma máquina capaz de realizar

qualquer tarefa intelectual de um ser humano. O foco do

projeto serão tecnologias que aumentem a capacidade

das pessoas, no lugar de

substituir os seres humanos

.

Naturalmente, devemos ter a preocupação de não

permitir que a IA possa ser usada para criar máquinas

que possam se virar contra a humanidade, tornando-se

inclusive uma ameaça existencial.

Há sempre algum risco de que na tentativa de avançar

tecnologicamente possamos criar o que mais tememos,

ou seja, criar um demônio que vai agir contra os seres

humanos.”

Aliás, em 2013, a IBM revelou que no seu estudo

Next 5 In 5 está

buscando melhorar as nossas previsões

a partir dos cinco sentidos – toque, visão, audição, sa-

bor e cheiro – a partir do desenvolvimento de sensores.

Em breve, segundo a IBM, será possível, por exemplo,

sentir a textura de um tecido na sua imagem na tela de

seu dispositivo. E as máquinas também saberão interpre-

tar não somente o som das palavras, mas o balbucio dos

bebês, identificando se eles sentem fome ou dor!!!

Esse tipo de IA é o que precisamos e certamente ela

beneficiará as decisões que as pessoas vão tomar, pois

serão as mais acertadas...

Embreve, segundo a IBM, será

possível, por exemplo,

sentir a textura

de um tecido na sua imagemna tela

de seu dispositivo.

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