SAÚDE
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C R I ÁT I C A
T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A
A
diretora no Brasil da empresa de
consultoria McKinsey e palestrante
do Fórum Estadão de Gestão e Infor-
mação, Tracy Francis destacou: “A análise
de dados de hospitais, laboratórios e dos
próprios pacientes tende a reduzir o
desper-
dício
– um dos principais fatores que one-
ram o sistema de saúde – e aumentar a sua
produtividade.
Alguns estudos mostram que 74% dos
pacientes repetem as mesmas informações
para diferentes médicos e no que se refere
a exame laboratoriais, ao menos 60% dos
pacientes realizam o mesmo procedimento
mais de uma vez.
Em ambos os casos, a existência de um
banco de dados poderia reduzir o tempo das
consultas e aumentar a produtividade das
atividades médicas.
A nossa empresa conseguiu compro-
var que um sistema médico pode ficar em
média
35% mais eficiente
caso for usado
corretamente o
big data
(grande conjunto de
dados) e uma análise desses dados. Por
exemplo, no Reino Unido o uso de
big data
já se tornou uma realidade.
Temos hoje novas tecnologias que per-
mitem que um paciente faça o próprio mo-
nitoramento de saúde, saiba com transpa-
rência o que está acontecendo com ele e
gerencie a sua interação com o médico.
Um paciente não ter o histórico do que
ocorreu com ele durante a vida inteira é
um dos problemas mais graves para a sua
maior sobrevivência.
Com a entrada de multinacionais de tec-
nologia como Google e Apple no mercado
de saúde, o volume de dados deverá cres-
cer exponencialmente em pouco tempo.
Aliás, as próprias empresas já ofere-
cem aplicativos gratuitos para registrar
e monitorar informações pessoais como
peso, altura e batimentos cardíacos.”
Realmente já existem diversos exem-
plos práticos, inclusive no Brasil de como
A
IMPORTÂNCIA
DA COLETA,
ESTRUTURAÇÃO E INTEGRAÇÃO
DE
DADOSMÉDICOS
Por Eudes de Freitas
Aquino, presidente da
Unimed do Brasil