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CINEMA

K

obe Bryant, que recentemente se aposentou, re-

solveu fazer um filme –

Dear Basketball

– no qual

obviamente fala-se de sua vida e do quanto ele

amou esse esporte. De fato, foi o basquete que o levou

a um patamar no qual acabou sendo comparado ao fa-

moso Michael Jordan, o melhor jogador de basquete de

todos os tempos!!!

Recorde-se que Kobe Bryant tornou-se um superas-

tro quando jogava pelo Los Angeles Lakers. Ele atuou por

essa equipe californiana durante 20 anos, conquistando

cinco títulos da NBA – a mais importante liga de basque-

te profissional do mundo –, dois prêmios de MVP (sigla

em inglês para jogador mais valioso) das partidas finais,

e um MVP da temporada regular. Além disso, ele obteve

18 indicações para o

All-Star Game

, o tradicional Jogo das

Estrelas, e conta com dois ouros olímpicos pela seleção

norte-americana, em Pequim (2008) e Londres (2012).

Kobe Bryant sempre foi obcecado por conquistas, sen-

do um competidor feroz. Por essa razão, ao longo de sua

carreira ele colecionou não apenas admiradores, mas tam-

bém desafetos – e na mesma proporção. Ele costumava

discutir até com os próprios companheiros de equipe, não

hesitando em criticá-los publicamente depois de um jogo

ruim. Aliás, ele nunca aceitou as derrotas com naturalida-

de, algo que frequentemente se faz necessário no esporte.

Para produzir

Dear Basketball

, ele escolheu duas pes-

soas extremamente talentosas: o animador Glen Kean e

o compositor John Williams.

O primeiro animou filmes incríveis, como

Alladin

,

A

Bela e a Fera

e

Tarzan

, mas nunca foi um fã de basquete.

Assim, nas palavras de Bryant, a escolha do nome se justi-

ficou da seguinte maneira: “Alguém que tenha assistido a

jogos de basquete toda a sua vida – e jogado – tende a per-

der os pequenos movimentos, os detalhes. Quando chega

alguém com uma visão nova, ele olha para cada coisa, pois

tudo é novo para essa pessoa.”

Já Glen Kean declarou: “Essa foi

a coisa mais difícil que já animei. Eu

estava tentando desenhar uma es-

cultura em movimento que precisa-

va parecer exatamente com Kobe.

Eu pude desenhar a Fera (de

A Bela

e a Fera

) de qualquer jeito que qui-

sesse, pois ninguém sabia com o

que o personagem realmente se

parecia. Kobe, por outro lado, muita

gente conheceu!!!

Mas sempre acreditei que a animação pode

ajudar o público a entender uma ação de ma-

neira mais profunda que a ação ao vivo.”

Já em relação ao compositor John Williams,

Kobe o procurou dois anos antes de se aposen-

tar, o que ocorreu em 2016. O jogador sempre

acreditou que houvesse uma relação entre a

arte de regência e a liderança de uma equipe

de basquete, e que se o compositor lhe expli-

casse como funcionava seu processo de escrita

e condução, isso poderia ajudá-lo na quadra.

Posteriormente, Kobe Bryant voltou a procurar

John Williams para que este compusesse a tri-

lha do filme. Mesmo sem nunca ter ido a um

jogo de basquete na vida, o compositor acei-

tou o trabalho!?!?

Todos que se sentiremansiosos para assistir

Dear Basketball

devem saber que a animação

é um verdadeiro poema de despedida, ideali-

zado por alguém que realmente amou esse es-

porte. O filme, que começa com as lembranças

da infância de Kobe Bryant, praticando seus

dribles com uma bola de basquete feita com

as meias do pai, não apenas foi indicado para

disputar a 90ª edição do Oscar, mas ganhou o

prêmio de melhor curta de animação do ano!!!

Esse Oscar encerrou com chave de ouro a

carreira de um homem que certamente con-

seguiu transformar em realidade seu sonho de

jogar basquete profissional. Kobe Bryant deve

ter ficado muito feliz após a premiação de 4 de

fevereiro de 2018!!!

DEAR BASKETBALL -

UMCURTA-METRAGEMADMIRÁVEL!!!

DEBBY WONG / SHUTTERSTOCK.COM

Kobe Bryant (o segundo a partir da esquerda) e a equipe que

o ajudou a criar o filme

Dear Basketball

.