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hoteleiros têm um papel muito importante

nesse movimento de cativar os visitantes,

oferecendo-lhes diversos aconselhamentos

sobre o que deveriam fazer durante sua es-

tada numa determinada localidade, facili-

tando-lhes o estabelecimento de conexões

com o que há de mais interessante no local.

São esses bons serviços, essenciais, para

que o turista tenha experiências e sensa-

ções agradáveis, que se envolva emocional-

mente no espaço em que está, o que cer-

tamente fará com que ele queira voltar e,

inclusive, recomendar essa visita aos seus

conhecidos.

Tudo isso mostra que as autoridades do

governo brasileiro em suas diversas instân-

cias devem aperfeiçoar as leis que permi-

tam o desenvolvimento do turismo no País,

facilitando também a vinda dos turistas es-

trangeiros e ao mesmo tempo auxiliando as

localidades (cidades) para que elas possam

oferecer novas atrações, sem jamais esque-

cer os turistas domésticos.

No meu livro

Cidades Paulistas Inspira-

doras: Desenvolvimento Estimulado pela

Economia Criativa

(em dois volumes), des-

taquei o programa especial Municípios de

Interesse Turistico (MIT), que foi desenvol-

vido pelo governo paulista e ajudou muitas

cidades para que estas possam ter um perfil

no qual o turismo torne-se a atividade eco-

nômica prioritária.

É interessante neste sentido observar

como nestes últimos cinco anos evoluiu no

Estado de São Paulo a

visitabilidade

a cida-

des como: Olímpia, Brotas, Aparecida, Ho-

lambra, Campos de Jordão etc., todas rela-

tivamente pequenas e que recebem muitas

dezenas (ou até centenas) de milhares de

visitantes todos os meses.

No Brasil, as ruas de pedra, as casas caia-

das, os casarões antigos, as igrejas secula-

res, as janelas e portas feitas em madeira

no século XIX etc., criaram uma atmosfera

indescritível em cidades como Ouro Preto,

Tiradentes, São Luís, Paraty etc., como des-

crevi no livro

As Encantadoras Cidades Bra-

sileiras

(que será publicado em 2019).

Quem vai a essas cidades pratica o

turis-

mo arquitetônico e criativo

, pois nelas os

visitantes podem fazer uma viagem ao pas-

sado, observando edificações feitas há três

séculos ou um pouco menos.

Claro que as atrações dessas localidades

não se restringem apenas a esses “

tesouros

do passado

”.

Aí está uma necessidade e ao mesmo

tempo uma preocupação, ou seja, o poder

público deve investir na manutenção não só

dessas edificações históricas, mas garantir

que a cidade visitada tenha bons parques,

praças conservadas, avenidas urbanizadas,

museus bem administrados e locais onde

possam ser realizados eventos voltados ao

entretenimento.

Além disso a iniciativa privada precisa de

estímulos para instalar nestes locais vários

bons hotéis, restaurantes e espaços para or-

ganização de feiras, exposições, congressos

etc.

O turismo criativo não é portanto so-

mente uma combinação de viagem com

inovação, mas também um novo modo de

expansão para as crescentes necessidades

de desenvolvimento econômico local e tam-

bém para a ânsia por trocas culturais.

No meu livro

Cidades Criativas

(em dois

volumes)

estão destacadas as mais impor-

tantes cidades do mundo que têm um gran-

de afluxo de visitantes, destacando-se entre

elas: Orlando e Las Vegas (nos EUA); Paris,

Madri e Londres na Europa que têm suas

economias fortemente alavancadas pelo

tu-

rismo criativo

, que se apoia nos seus

tesou-

ros

(tanto os naturais como os criados pelo

ser humano), na sua

tolerância

(convívio de

pessoas de muitas raças e credos), na sua

tecnologia

(especialmente a oferecida pela

era digital) e nos seus

talentos

(que se for-

mam em suas instituições de ensino ou que

vivem nessas localidades abrindo

start-ups

incríveis nos diversos setores da EC.

A conclusão é uma só: a cidade ou lo-

calidade que investir em

turismo criativo

sentirá um grande progresso, ou seja, que

os que vivem ali ou visitam este local to-

dos saem ganhando: os seus moradores

porque poderão desenvolver

novos apren-

dizados

; as

organizações

aí instaladas,

especialmente as ligadas de forma direta

ou indireta ao ramo do

turismo

, obterão

lucros significativos com a acomodação,

alimentação, transporte etc., e os

turistas

serão influenciados de forma inesquecível

por suas atrações, seus espaços culturais e

sua receptividade.

Outros livros do

autor do artigo

focados na EC.

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