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C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A

O

que se notou em 2018 foi que muitos

produtos artesanais de marca própria

impulsionaram bastante a lucro dos

restaurantes. Esse, por exemplo, foi o caso

do restaurante paulistano

Le Manjue

, que

funciona há mais de 10 anos e se concentra

na alimentação saudável, usando em suas so-

bremesas um ganache de chocolate à base de

biomassa de banana verde.

Essa receita foi criada pelo

chef

Renato Ca-

leffi e não tem lactose, glúten ou açúcar. Como

os clientes começaram a pedir muito para

comprar o produto, sua demanda cresceu tan-

to que há três anos o

Le Manjue

investiu R$

500 mil para montar uma pequena fábrica de

120 m

2

, onde atualmente trabalham 8 funcio-

nários. Desde então a produção da sobreme-

sa passou de 1.000 para 10 mil potes de 150

g por mês. Hoje a ganache

Amu

além de ser

vendido no restaurante já está em algumas

redes de varejo e pode até ser adquirido por

e-commerce

.

A partir de 7 de julho de 2018 ocorreu na Pi-

nacoteca de São Paulo a mostra

Alfaiataria

, na

qual estavam reunidos trabalhos de Laura Lima,

considerada uma das mais importantes artistas

contemporâneas do País. Na ocasião, Laura

Lima explicou: “Aqui estão diversos alfaiates

construindo roupas a partir das minhas esque-

tes, valendo-se da inteligência de engenharia da

costura que possuem. Nos 30 retratos que foram

produzidos ao longo da mostra, poucos mate-

riais e técnicas foram repetidos. Por exemplo,

ao finalizar o retrato

Lúcia

, foram empregadas

técnicas de recortes com detalhes geométricos

em tecidos de diferentes cores e texturas, entre

elas lã,

tweed

e zibeline, além de costuras feitas

com a máquina e à mão, especialmente para os

acabamentos, que exigem uma finalização mais

delicada. Acredito que os que vieram à mostra

acharam muito interessante esse resgate da al-

faiataria numa época em que a industrialização

na moda está tão intensa.”

Ainda em julho de 2018, muitos brasileiros

que voltaram da Rússia, onde foram assistir aos

jogos da seleção brasileira de futebol na Copa

do Mundo – competição em que, infelizmen-

te, o Brasil mais uma vez não foi bem, sendo

eliminado pela Bélgica por 2 x 1) – trouxeram

para as suas casas a lembrancinha tradicional,

ou seja, uma

matrioska

, a famosa boneca que

traz em seu interior outras bonequinhas idênti-

cas. Comprar uma linda

matrioska

foi bem mais

barato – cerca de R$ 30 – do que um tapete de

pele de urso feito de modo artesanal, que che-

gava a custar R$ 3.000,00 em Izmailovo, uma

área tradicional de comércio popular russo, em

Moscou.

AS ATRAÇÕES ARTESANAIS DE 2018

ARTESANATO

A

matrioska

,

a famosa

boneca

russa!!!