ENTRETENIMENTO
S
em dúvida, o
entretenimento
mais
popular no Brasil ainda continua sen-
do ver no estádio ou acompanhar
pela televisão um
jogo de futebol
, no qual o
País já obteve um grande destaque, sendo
ainda o maior campeão – cinco vezes ven-
ceu a Copa do Mundo (apesar do fiasco em
2014 com a acachapante eliminação frente
à Alemanha, vencedora da competição, e
que nos goleou por 7 a 1 na nossa casa...)
Porém, não se pode esquecer que o que
deixa o mundo todo embasbacado é o es-
plendor e a criatividade exibida nas escolas
de samba no Carnaval, especialmente aque-
las principais, no Rio de Janeiro.
Já há um bom tempo – há quase 18 anos
–, o guru norte-americano de administração
Tom Peters escreveu no seu livro
Rompendo
as Barreiras da Administração
que “tempos
loucos exigem organizações malucas”, que-
rendo salientar que em tempos de econo-
mia global, evolução da Internet e guerra
por novos talentos, é necessário uma ra-
zoável dose de
desorganização
. Na realida-
de, ele queria dizer com
desorganização
a
necessidade de mudanças de paradigmas,
algo que está sendo incorporado por mui-
tas empresas na medida em que conceitos
como
flexibilidade
,
quebra de hierarquia
e
horizontalidade
se tornaram cada vez mais
comuns nelas!!!
E aí ele dava um exemplo prático, ou seja,
sugeria que um excelente modelo de uma
empresa desorganizada, com ótimos resulta-
dos, é o de uma escola de samba carioca!!!
Para ele, numa escola de samba, a co-
municação é rápida, sem intermediários.
Os funcionários têm autonomia e trabalham
num esquema flexível em que podem usar
sua própria criatividade para resolver pro-
blemas inesperados. O estilo burocrático e
padronizado fica do lado de
fora
da sede da
escola de samba!!!
A partir de agosto, comumente, uma es-
cola de samba começa a contratar pessoas
para trabalhar em áreas como desmonte,
almoxarifado, cozinha e limpeza. Esse con-
tingente vai aumentando à medida em que
começam a ser desenvolvidas as primeiras
peças dos carros alegóricos, necessitando-
-se de pessoas hábeis em serralheria, car-
pintaria, escultura e pintura. Chega ao seu
máximo nos meses de dezembro, janeiro e
fevereiro (dependendo das datas nas quais
se realiza o Carnaval, quando o número de
empregados ultrapassa algumas centenas.
É do “barracão” que saem os produtos
da fábrica de sonhos que é a escola de sam-
ba. O ambiente dentro dele não tem nada a
ver com aquele praticamente asséptico que
se nota em algumas organizações. O bar-
racão transforma-se em uma oficina desor-
A GRANDE VITORIOSA
NO
CARNAVAL DE 2016
NO RIO DE JANEIRO
O livro de Tom Peters
Rompendo as Barreiras da
Administração.
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C R I ÁT I C A
T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A