Table of Contents Table of Contents
Previous Page  22 / 44 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 22 / 44 Next Page
Page Background

ENTRETENIMENTO

S

em dúvida, o

entretenimento

mais

popular no Brasil ainda continua sen-

do ver no estádio ou acompanhar

pela televisão um

jogo de futebol

, no qual o

País já obteve um grande destaque, sendo

ainda o maior campeão – cinco vezes ven-

ceu a Copa do Mundo (apesar do fiasco em

2014 com a acachapante eliminação frente

à Alemanha, vencedora da competição, e

que nos goleou por 7 a 1 na nossa casa...)

Porém, não se pode esquecer que o que

deixa o mundo todo embasbacado é o es-

plendor e a criatividade exibida nas escolas

de samba no Carnaval, especialmente aque-

las principais, no Rio de Janeiro.

Já há um bom tempo – há quase 18 anos

–, o guru norte-americano de administração

Tom Peters escreveu no seu livro

Rompendo

as Barreiras da Administração

que “tempos

loucos exigem organizações malucas”, que-

rendo salientar que em tempos de econo-

mia global, evolução da Internet e guerra

por novos talentos, é necessário uma ra-

zoável dose de

desorganização

. Na realida-

de, ele queria dizer com

desorganização

a

necessidade de mudanças de paradigmas,

algo que está sendo incorporado por mui-

tas empresas na medida em que conceitos

como

flexibilidade

,

quebra de hierarquia

e

horizontalidade

se tornaram cada vez mais

comuns nelas!!!

E aí ele dava um exemplo prático, ou seja,

sugeria que um excelente modelo de uma

empresa desorganizada, com ótimos resulta-

dos, é o de uma escola de samba carioca!!!

Para ele, numa escola de samba, a co-

municação é rápida, sem intermediários.

Os funcionários têm autonomia e trabalham

num esquema flexível em que podem usar

sua própria criatividade para resolver pro-

blemas inesperados. O estilo burocrático e

padronizado fica do lado de

fora

da sede da

escola de samba!!!

A partir de agosto, comumente, uma es-

cola de samba começa a contratar pessoas

para trabalhar em áreas como desmonte,

almoxarifado, cozinha e limpeza. Esse con-

tingente vai aumentando à medida em que

começam a ser desenvolvidas as primeiras

peças dos carros alegóricos, necessitando-

-se de pessoas hábeis em serralheria, car-

pintaria, escultura e pintura. Chega ao seu

máximo nos meses de dezembro, janeiro e

fevereiro (dependendo das datas nas quais

se realiza o Carnaval, quando o número de

empregados ultrapassa algumas centenas.

É do “barracão” que saem os produtos

da fábrica de sonhos que é a escola de sam-

ba. O ambiente dentro dele não tem nada a

ver com aquele praticamente asséptico que

se nota em algumas organizações. O bar-

racão transforma-se em uma oficina desor-

A GRANDE VITORIOSA

NO

CARNAVAL DE 2016

NO RIO DE JANEIRO

O livro de Tom Peters

Rompendo as Barreiras da

Administração.

22

C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A