SETOR EDITORIAL
J
ames Patterson já apareceu em diver-
sas pesquisas como sendo um dos
escritores mais bem pagos do mundo
.
Em 2012, a revista
Forbes
o colocou em pri-
meiro lugar por ter recebido algo próximo de
US$ 94 milhões em direitos autorais. Ele já
entrou no livro de recordes
Guinness
como
o autor que mais livros teve liderando a lista
de
best-sellers
(“os mais vendidos”) do jor-
nal
The New York Times
e consegue produzir
dez volumes por ano, tendo já escrito, até
agora, mais de 112 livros, distribuídos entre
os gêneros policial e de mistério, da literatu-
ra infanto-juvenil e da ficção científica.
Só com a editora Hachette, em 2009,
ele assinou um contrato multimilionário
para escrever 11 livros para adultos e seis
para jovens. Ele cumpriu a meta dentro do
prazo em 2012, recebendo cerca de US$
150 milhões.
A indústria cinematográfica norte-ame-
ricana já adaptou vários romances de Ja-
mes Patterson, como foi o caso dos
thrillers
(filmes de ação) protagonizados por Alex
Cross. Ele criou um personagem heroico –
um afro-americano cerebral – que resolve os
crimes valendo-se de sua mente no lugar de
o fazer com os punhos.
Alex Cross é um devotado homem de fa-
mília, o que é
bastante inesperado
(!!!), pois
os detetives norte-americanos de um modo
geral tendem a ser lobos solitários, mulhe-
rengos, que vão atrás dos maus e depois
adormecem solitários no sofá de suas resi-
dências, num estupor de álcool e cigarros...
Você já assistiu
Eu, Alex Cross
, que foi
lançado nos Estados Unidos da América
(EUA) em 19 de outubro de 2012, tendo
como protagonista o ator Tyler Perry (no Bra-
sil, o título do filme é
A Sombra do Inimigo
).
Antes dele, quem interpretou o detetive e
psicólogo forense foi o ator Morgan Free-
man nos filmes
Kiss the Girls
(1997) e
Along
Come a Spider
(2001).
James Patterson não fugiu da colabora-
ção e já escreveu livros em coautoria com
mais de duas dezenas de escritores dife-
rentes, entre os quais Maxine Paetro, An-
drew Gross, Mark Sullivan, Ashwin Sanghi,
Michael Ledwidge, Peter De Jonge, entre
outros, pois acredita que isso lhe trouxe
outras ideias novas e interessantes para a
suas histórias. Ele explicou esse seu
mo-
dus operandi
(modo de ação ou trabalho):
“Escrever em colaboração deveria ser mais
comum do que é... A história da arte mos-
tra que vários pintores trabalharam sobre
o mesmo teto. Em Hollywood, os roteiros
dos filmes são escritos por equipes. No
meu caso, elaboro um rascunho de oito pá-
ginas, com todos os capítulos delineados,
e, de quinze em quinze dias, vejo o avanço
dessa primeira versão, escrita pelos meus
colaboradores, para avaliar se estamos
indo no rumo certo. E aí escrevo as adap-
tações que forem necessárias no prazo má-
ximo de um mês. Claro que esse método
permite-me escrever mais livros por ano...”
Falando sobre o sucesso que conquistou,
James Patterson declarou: “Eu não me im-
JAMES PATTERSON
ENTRA PARA O
GUINNESS
HELGA ESTEB / SHUTTERSTOCK.COM
A partir da esquerda, o
escritor James Patterson
e os integrantes do filme
Alex Cross
, Matthew
Fox, Rob Cohen, Rachel
Nichols e Tyler Perry
no lançamento em
Los Angeles (EUA) em
25/12/2012.
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C R I ÁT I C A
T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A