pressiono comigo próprio. Claro que o su-
cesso que alcancei me agrada muito. Fui
pobre, fui classe média e agora sou rico.
Naturalmente, prefiro ser rico, mas gostei
da experiência de ter sido pobre e de ter
pertencido à classe média. Isso é que me
tornou mais
humilde
. Agora, sou pago para
escrever, o que adoro!!!
Os meus amigos, e tenho vários do tem-
po de escola primária, quando me encon-
tro com eles, dizem-me: ‘Sabes, continuas
a ser o mesmo trouxa (
jerk
)...’ Essa é uma
opinião muito exata. Casei tarde, tenho um
filho adolescente e essas são as grandes
diferenças e prioridades na minha vida.
Sou um homem comum!!!
Só um tolo acharia que sou diferente
apenas porque escrevi livros e tenho suces-
so. É claro que há muitos tolos no mundo...”
De fato, James Patterson não é um ho-
mem comum, pois até o início de 2016 já
tinha conseguido vender cerca de 305 mi-
lhões de cópias dos seus livros e detinha o
recorde mundial aceito pelo
Guinness
como
o primeiro escritor a ter vendido 1 milhão
de
e-books
. Destaque-se que ele tem dis-
tribuído uma parte do dinheiro que ganhou
com os direitos autorais em bolsas de estu-
do com a finalidade de estimular os norte-
-americanos de todas as idades a lerem
mais livros!!!
Você conhece algum escritor brasileiro
de sucesso que tenha feito algo parecido
aqui no nosso sistema educacional?
Pois é...
SNAPCHAT:
O APLICATIVO
QUE USA UM FANTASMINHA
COMO SÍMBOLO VIROUUM
FENÔMENO!!!
O
Snapchat tornou-se o queridinho, em especial, dos in-
tegrantes da geração Y (nascidos entre 1980 e 1989).
Ele cativou o público a partir de uma fórmula antiga.
Oferece algo bem simples, porém inédito, ou seja, sem preci-
sar mudar o celular de posição, o usuário compartilha fotos e
vídeos com um grupo de pessoas selecionadas por ele. De-
pois de 24 h, o conteúdo some para sempre (!!!), por isso nada
de perder tempo fazendo pose até conseguir a pose perfeita
para
selfie
. Afinal, em breve desaparecerá e se alguém captura
a tela para guardar o que foi postado, é logo denunciado e o
dono do conteúdo recebe também a notificação sobre isso.
Essa característica do Snapchat fez com que ele fosse fre-
quentemente usado para a troca de imagens íntimas entre
jovens, o que inclui até fotos de
nus
!!! Claro que essa não é a
sua utilização principal e ele se assemelha a um diário aberto
e em tempo real.
O criador principal do Snapchat foi Evan Spiegel quando
cursava
design
de produto na Universidade de Stanford, nos
Estados Unidos da América (EUA), em 2011, ajudado por dois
colegas da fraternidade, Bobby Murphy e Frank Reginald Brown
(que foi “chutado” do grupo e que depois acabou fazendo na
Justiça um acordo sigiloso em 2014).
A estratégia de que Evan Spiegel introduziu na sua em-
presa é a de continuar sendo o único serviço de
mensagens
diferenciado
nos EUA, fornecendo uma experiência única e
inovadora. Afirmou Evan Spiegel: “O Snapchat não é valioso
no longo prazo porque é usado por adolescentes ou porque
é uma ameaça ao Facebook. É valioso porque mudou a na-
tureza da comunicação digital em poucos anos e continuará
a fazê-lo.”
Spiegel acredita no seu aplicativo, pois em 2013, quando
a receita do Snapchat era praticamente nula, o Facebook ofe-
receu US$ 3,3 bilhões por ele. No início de 2016, o Snapchat
estava avaliado em 16 bilhões, tinha mais de 100 milhões de
usuários ativos diariamente no mundo e em visualizações de
vídeo, elas chegam a 6 bilhões na rede todos os dias (o Face-
book consegue 8 bilhões...).
Da base de usuários, 86% têm entre 13 e 34 anos, sendo
que 60% deles atualizam o perfil diariamente, um público que
“ama o Snapchat” justamente devido a esse seu imediatismo
dos
snaps
– como são chamadas as postagens.
Bem, os
snaps
dos usuários do Snapchat são efêmeros,
entretanto o burburinho em torno do
app
tem se mostrado
cada vez mais duradouro e estima-se que em 2016 a sua
receita deve chegar a
US$ 300 milhões
, o que é bem signifi-
cativa, não é?
JAGUAR PS / SHUTTERSTOCK.COM
SOFTWARE
James Patterson, um
dos escritores mais
bem pagos do mundo.
31
M A R Ç O / A B R I L 2 0 1 6