do antes (ou depois) pela cidade de Sole-
dade (a 225 km da capital), cujo parque in-
dustrial é constituído, predominantemente,
pelo setor de industrialização de pedras pre-
ciosas, exportando 95% de seus produtos
para os Estados Unidos da América (EUA) e
diversos países da Ásia e da Europa.
Há na cidade de Ametista do Sul cerca de
2.500 garimpeiros e praticamente 80% da
sua atividade economia é proveniente do se-
tor mineral, com a cidade promovendo a cada
dois anos a Expopedras, uma feira internacio-
nal da indústria e comércio de pedras.
No inicio, a atividade garimpeira foi feita
em condições precárias. Hoje em dia, todos
trabalham com os equipamentos neces-
sários à sua segurança e indispensáveis
para a preservação de sua saúde, como
capacetes, óculos, tampões para os ouvi-
dos, botas, máscaras e ventiladores para
renovação do ar de dentro das galerias (as
“furnas”).
A exploração mineral possibilitou a ala-
vancagem de uma nova atividade econô-
mica, ou seja, as minas e galerias para a
extração agora são utilizadas para conser-
var vinhos tintos produzidos na região,
com também ocorre na França, país
famoso por seus vinhos. Aí se en-
contram as condições excelentes,
como temperatura, luminosidade
e umidade, além, seguramente,
do fator mais importante:
os vi-
nhos serem energizados pelas
pedras!!!
Com isso, o cultivo de
uva no município cresceu bas-
tante nos últimos tempos...
Silvio Poncio, vereador aos
21 anos, primeiro presidente
da Câmara Municipal e ex-
-prefeito de Ametista do Sul,
que a governou por oito anos
comentou: “A beleza da ame-
tista deixa as pessoas admi-
radas, boquiabertas. A primei-
ra reação delas é de encanto
e aí surge a questão: como é
que tamanha beleza pode es-
tar no subsolo? Sem dúvida,
é um presente da natureza.
O colecionador Primo Ro-
vis, um comerciante de mine-
rais, sintetizou o que as pes-
soas sentem em relação às
pedras preciosas, com o títu-
lo do seu livro:
A Arte de Deus
.
É obvio que os produtos fei-
tos com pedras preciosas ou semipreciosas
não são de primeira necessidade e por isso
deve-se ter muito cuidado com esse merca-
do que sofre fortes retrações com as crises
econômicas (cambiais), além de que a ame-
tista existe em quantidade bem maior que,
por exemplo, um diamante, com o que o seu
preço não é muito alto, não existindo (ain-
da) um grande interesse estrangeiro ou de
grandes grupos para dominarem o setor.”
Para complicar, o uso adequado da ri-
queza “que está sobre os pés” em
Ametista do Sul e em outros mu-
nicípios brasileiros que possuem
pedras preciosas, localizados
especialmente no Estados de
Minas Gerais, Bahia, Goiás e
Tocantins, faltam bons lapi-
dários.
Para se tornar um bom
lapidário, pode demorar
até 10 anos. Não existem
escolas, os artesãos co-
meçam como coladores
de pedras, depois vão
para a serra, em segui-
da, aprendem a polir e
somente depois quando
adquirem todas essas ha-
bilidades e outras e que
se
tornam lapidários
.
Hoje, já temos no Bra-
sil a Lapidart, uma máqui-
na de tecnologia nacional
que oferece os parâme-
tros que orientam o traba-
lho manual do lapidador,
mas assim mesmo não
existem lapidários talento-
sos na quantidade neces-
sária para competir com
os que existem nos países
asiáticos...
Há na cidade de Ametista do Sul cerca
de
2.500 garimpeiros
e praticamente
80% da sua atividade economia
é
proveniente do setor mineral, com a
cidade promovendo a cada dois anos a
Expopedras
, uma feira internacional da
indústria e comércio de pedras.
A ametista como é encontrada
na natureza.
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