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VIDEOGAMES

P

ara a mais recente geração, a Z – pes-

soas com até 16 anos –, apaixonada

pelos

games

, as escolas de ensino

fundamental e médio, parece que encontra-

ram a fórmula ideal de envolver os seus alu-

nos com as disciplinas do currículo regular,

incentivando-os a assimilar os conceitos e

até a produzir os próprios jogos que levem a

aquisição de conhecimentos e o desenvolvi-

mento de sua inteligência.

É o caso do uso de um

software

– o Geo-

gebra – instalado num

iPad

. Assim o profes-

sor dá os conceitos iniciais de geometria e

com a ajuda do

software

vai aprofundando

a explicação, ao qual se recorre quase 90%

da aula.

Para estimular a concentração e o pen-

samento lógico, alguns colégios recorrem

ao ensino e prática do xadrez, o qual é jo-

gado em duplas em

iPads

ou numa versão

feita com peças gigantes, com os alunos

andando e movendo-se no tabuleiro!!!

O que se tem constatado nesses colé-

gios é que os olhos dos estudantes brilham

quando aprendem através de algum

game

,

especialmente quando eles próprios podem

construir algo. Aí eles demonstram grande

motivação e engajamento.

É possível utilizar os jogos como par-

te das atividades de português, história e

geografia. Assim, por exemplo, num sala de

aula com 25 alunos, propõe-se a eles re-

constituir um feudo medieval do século VIII,

obviamente com o castelo do senhor feudal,

a vila dos camponeses, a igreja com cemi-

tério, a roda de água retirando o líquido de

um rio etc.

Pois é, apesar de ser algo que havia na

Terra há muitos séculos atrás, os estudan-

tes, para realizar esta tarefa, valem-se de

uma ferramenta do século XXI, o

Minecraft

Edu. Trata-se de uma versão pedagógica

do jogo de construção

Minecraft

– adqui-

rido pela Microsoft em 2014 por US$ 2,5

bilhões – que se tornou um fenômeno mun-

dial, tendo atualmente mais de 120 milhões

de jogadores no planeta.

Esse

game

foi criado em 2009 e ganhou uma versão educativa

em 2011, a qual possibilita a criação de qualquer estrutura em

um mundo virtual. Parecido com o Lego, o jogo é feito de blocos

cúbicos que podem ser colocados em qualquer lugar para construir

estruturas.

Nos mais diversos países, dezenas de milhares de professores

já estão utilizando a versão pedagógica do jogo para ensinar as

mais variadas partes de suas disciplinas que não são apenas a de

história e que podem ir de de

matemática à poesia

!!! Isso é pos-

sível porque o

Minecraft

é uma plataforma aberta, o que permite

construir as mais diversas narrativas.

Atenta ao potencial do

Minecraft

nas escolas, a Microsoft anun-

ciou o lançamento de uma nova versão educacional para o segundo

semestre de 2016 chamada de

Minecraft: Education Edition

, com

recursos adicionais como mapas com coordenadas para localizar

os jogadores, espaço para criação de portfólios, avatares persona-

lizados e a possibilidade de que os professores compartilhem os

mundos construídos por seus estudantes. Essa versão virá com

conteúdos específicos, como um mapa baseado no Japão feudal

(usado em aulas sobre poesia nipônica), assim como outros mapas

usados para lições de arte ou de química.

Infelizmente, no Brasil, ainda não é muito frequente encontrar

o Minecraft nas salas de aula, em especial nas escolas públicas,

que não têm recursos para ter Internet de banda larga, adquirir o

software

e, além disso, o método enfrenta lamentavelmente a resis-

tência dos professores em utilizar novas tecnologias.

Desse jeito, vai ser difícil aumentar a eficiência do aprendizado

das nossas crianças, não é?

VIDEOGAMES

TORNANDO

O APRENDIZADOMAIS

ATRAENTE E EFICIENTE!!!

O jogo de xadrez ajuda muito o aprendizado e estimula as pessoas a planejarem

mais todas as suas ações, mas os

videogames

são melhores para essa finalidade.

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C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A