DESIGN
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C R I ÁT I C A
T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A
Q
uando o empresário Eugenio Perazza,
fundador da Magis, uma das empre-
sas líderes do segmento de
design
da Itália, resolveu presentear sua neta de
5 anos com uma mesa para desenhar, fo-
lheando diversos catálogos percebeu que
não havia móveis desenhados especifica-
mente para atender a essa faixa etária.
Na realidade, não havia nada que lhe
agradasse, nem ao redor dela...
Ele comentou: “Na realidade, não esta-
va à procura de móveis em escala reduzida,
mas com
design
específico para crianças.
Aí percebi que existia um nicho para ser
atendido e, por isso, em 2004, criei a linha
Me Too de mobiliário e acessórios, ou seja,
com peças criadas por
designers
consagra-
dos, especificamente para o
público infantil
.
Procurei estimular os profissionais de
design
a verem o mundo através dos olhos
de uma criança, pois achei que esse seria o
melhor caminho para se chegar a produtos
que teriam sucesso.
E, dessa forma, acabou surgindo um vas-
to catálogo para o público infantil com obje-
tos assinados por Javier Mariscal, Enzo Mari
e Philippe Starck, entre outros.
No último Salão de Móveis de Milão, que
ocorreu em abril de 2016, foi possível ver
a cadeira
Little Big
, que pode ter sua altura
ajustada conforme a criança cresce, do es-
túdio Big Game, para a Magis, e a cadeira
Trotter
, com roda para transporte, de Rogier
Martens.
Para a alegria dos pequenos, o que fez
a Magis, não se trata de uma iniciativa
isolada.
Assim, em anos recentes a clássica
Ele-
phant Chair
, criada em 1945, pelo casal
Charles e Ray Eames, de compensado cur-
vado, foi relançada pela Vitra em polipropi-
leno.
O mesmo, a Vitra fez com a série
Zoo
de relógios de 1965, assinada por George
Nelson.
OS
DESIGNERS
NÃO
DEIXAMDE ATENDER
O
PÚBLICO INFANTIL
Cadeira infantil
Litlle Big.