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N O V E M B R O / D E Z E M B R O 2 0 1 6

yer ganhou iluminação de 109 luminárias

de LED (

Light Emitting Diode

), como previa

o projeto do

designer

alemão Peter Gasper

(1940-2014). O pátio e a fachada do MAC

agora têm nova pintura, além do piso anti-

derrapante, o que torna mais seguro chegar

às suas dependências.

Essa renovação toda custou R$ 6 mi-

lhões à prefeitura de Niterói, uma quantia

que equivale a quase um quinto do orça-

mento cultural do município de 500 mil ha-

bitantes e que já foi a capital do Estado do

Rio de Janeiro, sendo que o governo federal

contribuiu com apenas R$ 1 milhão.

Um dos grandes problemas do MAC era

a falta de ar-condicionado, que agora já foi

superado, o que permitiu que uma parte

das obras do acervo do colecionar João

Sattamini – são 1.250 no total – pudesse

ser exibido numa mostra. Ele afirmou: “Eu

vinha reclamando porque a prefeitura não

estava conservando o museu, que é um

bem público e que fica à beira-mar, sofrendo

um processo de oxidação contínuo. Estava

muito preocupado com a integridade dos

meus quadros. Com as melhorias, renovei o

contrato de empréstimo das obras do meu

acervo por mais cinco anos. Por outro lado,

não acho que a visitação é baixa, visto que

daqueles que vão ao museu do Louvre, em

Paris, só 10% vão por motivos artísticos e

os outros 90%, na realidade, querem é tirar

uma foto ao lado de alguma obra famosa,

como é o caso de

Mona Lisa

, de Leonardo

da Vinci .”

O MAC nasceu de um acordo, no início

dos anos 1990, entre João Sattamini, Oscar

Niemeyer e o então prefeito Jorge Rober-

to Silveira. O primeiro emprestou os seus

quadros, o segundo fez de graça o projeto,

desenhado numa mesa de restaurante du-

rante refeição com o terceiro. Em seguida,

o governo municipal construiu o museu. O

arquiteto criou aí a sua “galeria aberta para

o mar”, erguida sobre “uma linha que nas-

ce do chão e sem interrupção cresce e se

desdobra, sensual”. Realmente, um museu

redondo, diferente de qualquer outro lugar

no Brasil.

Dessa forma, Niterói passou a ser a ci-

dade, fora Brasília, a concentrar o maior nú-

mero de obras do arquiteto Niemeyer, o que

sem dúvida incrementou a visitabilidade a

ela. Além do MAC, Niemeyer projetou outras

edificações que, construídas, se tornaram

também marcos da cidade, como o teatro

Popular e a estação de catamarãs entre a

cidade e a praça XV, no Rio de Janeiro.

Reformado e reaberto em

junho 2016

,

após permanecer fechado

18meses

, o MAC

não tem comometa ampliar a visitação,

mas quer

qualificar seu público

.

O imponente museu de

Arte Contemporânea

(MAC) em Niterói.