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SAÚDE

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C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A

de conteúdos científicos, incluindo cente-

nas de textos e artigos médicos específicos

para cada caso.

Por exemplo, no início do 2º semestre

de 2017, essa tecnologia Watson podia ser

utilizada com eficiência para sete tipos de

câncer. Todavia, a IBM prometeu que até o

início de 2018 essa abrangência alcançaria

18 tipos da doença. Sem dúvida, essa plata-

forma é uma ferramenta extra que permite

aos médicos não apenas seguir a melhor

opção, individualizando o tratamento, mas

também obter mais sucesso diante de ca-

sos conflitantes.

Entre os novos avanços da tecnologia,

está o conceito de

Internet of the Things

(“Internet das Coisas”), ou simplesmente,

IoT

, uma ferramenta que permite a comu-

nicação entre máquinas ou equipamentos

(!!!), transformando-os de dispositivos sim-

ples em inteligentes. Essa tecnologia tem

se propagado e abrangido todos os aspec-

tos da vida das pessoas, inclusive os servi-

ços de saúde, onde os benefícios parecem

promissores. Dessa maneira, os

wearable

devices

(“dispositivos ‘vestíveis’”) e os apa-

relhos de monitorização, especialmente

para pacientes crônicos, estão proliferando

entre as pessoas e ganhando cada vez mais

adeptos, em especial entre os profissionais

da saúde (corpo médico).

E por isso que muitos hospitais dos Esta-

dos Unidos da América (EUA) já estão utili-

zando essa tecnologia com a finalidade de

administrar certas condições que imperam

dentro de suas dependências, tais como

o controle de temperatura e umidade em

salas de operação. De fato, diversos hospi-

tais brasileiros já estão dando os primeiros

passos e, através da

IoT,

estão procurando

melhorar a eficiência, a

performance

e a se-

gurança em vários fluxos de saúde.

Porém, toda tecnologia para ser pro-

missora deve ser acessível e sustentável.

E isso sem dúvida se aplica à

IoT

, que vem

trazendo grandes benefícios para as insti-

tuições de saúde – apesar de ainda existi-

rem muitas lacunas a serem preenchidas,

em especial no que se refere à segurança

da informação. Todavia, é inegável que a

sua adoção estabelecerá uma nova era no

tratamento da informação em tempo real.

Vivemos um momento muito grave no

Brasil. Se antes da crise econômica que se

iniciou há uns três anos, 75% da população

brasileira não tinha acesso a um convênio

público, no início do 2º semestre de 2017

esse percentual chegou a 82%. O Sistema

Único de Saúde (SUS) brasileiro é, sem

dúvida, o maior sistema público de saúde

do mundo, abrangendo desde um simples

atendimento ambulatorial até o transplan-

te de órgãos. Entretanto, ele não está con-

seguindo atender a população do País, pois

parece que cuida mais da doença do que da

saúde das pessoas, deixando grande parte

da população brasileira sem atendimento,

ou seja, a sós!!!

Justamente para amenizar esse proble-

ma é que os planos de saúde privados de-

veriam buscar

soluções criativas

que lhes

possibilitassem uma redução de custos.

Isso, por sua vez, permitiria que um nú-

mero maior de pessoas voltasse para eles

como associados. E uma estratégia para se

chegar a essa condição é usar mais a

tecno-

logia

para baratear os processos envolvidos

nos cuidados com a saúde.