TV
U
m levantamento realizado nos Estados
Unidos da América (EUA) pela empresa
de consultoria Leichtman Research, con-
cluído no fim do 1º trimestre de 2017, mostrou
que o serviço de
streaming
de vídeo Netflix su-
perou a TV a cabo em número total de assinan-
tes no país. Ou seja, enquanto a Netflix atingiu
50,85 milhões de usuários no país, o total de
assinantes dos serviços de TV a cabo caiu para
48,61 milhões. Essa inversão do mercado é uma
tendência já constatada há alguns anos. Nota-se
claramente que os grandes grupos de canais de
TV à cabo vem perdendo assinantes, enquanto
a Netflix segue uma trajetória de crescimento.
Por outro lado, a partir de um estudo do
site
Statista
, concluiu-se que: “A Netflix não está
‘roubando’ os usuários das TVs por assinatura,
ou fazendo com que eles ‘roam a corda’ com as
TVs a cabo (como se costuma dizer desses clien-
tes). Na verdade, é a própria base de usuários
da Netflix que vem crescendo.” Tem se concre-
tizado cada vez mais a previsão do presidente
executivo e fundador da Netflix, Reed Hastings,
que afirmou: “Em 20 anos, 90% dos vídeos se-
rão transmitidos pela Internet.” E não se pode
esquecer que nos EUA existem outros serviços
de
streaming
bem populares, como o Amazon
Prime Video e o Hulu.
Voltando à Netflix, no fim de julho de 2017,
apesar do aumento no preço da mensalidade
em alguns de seus planos (principalmente os
mais caros, a empresa alcançou cerca de 104
milhões de assinantes no mundo todo. Esse nú-
mero foi bastante influenciado (e deve melho-
rar ainda mais) por séries de sua própria produ-
ção, como a icônica e cada vez mais vista
House
of Cards
, cuja 5ª temporada foi um enorme su-
cesso (podendo, inclusive, gerar a 6ª em 2018).
O enredo apresenta o casal presidencial for-
mado por Frank Underwood (interpretado por
Kevin Spacey), que nessa temporada se revelou
mais velho, mais grisalho, mais gordo e cada
vez mais canalha; e Claire (protagonizada por
Robin Wright), cujo moto foi:
“Agora é a minha
vez!!!”
Embora ela também tenha sofrido com
a passagem do tempo, continua linda, cada vez
poderosa e mais cruel (ela envenenou seu pró-
prio amante enquanto fazia sexo...).
O fato é que, de um modo geral, as pessoas
estão assistindo cada vez mais vídeos. De acor-
do com o Google, a cada dia mais de 1 bilhão
de horas de vídeo são assistidas no YouTube no
mundo todo. É como se todos os 7,5 bilhões de
habitantes de Terra
tivessem uma cota diária
de 8 min
de vídeos no serviço. Todavia, se nessa
estatística fossem considerados apenas os co-
nectados – algo próximo de 3,4 bilhões de pes-
soas, de acordo com a União Internacional de
Telecomunicações – essa taxa saltaria para
17
min de vídeo por dia
.
O serviço de
streaming
Netflix exibe séries
e filmes equivalentes a
116 milhões de horas
todos os dias
, enquanto a ferramenta de
vídeo
ao vivo
registra o consumo de mais de
100 mi-
lhões de horas de vídeo diárias
. Como se pode
notar, as métricas apresentadas pelas três em-
presas mostram o potencial da Internet para o
consumo de vídeos e, com isso, a nossa relação
com a TV na próxima década pode e deve mu-
dar profundamente!!!
SUPEROU A TV PAGA DOS EUA
EMNÚMERO DE ASSINANTES!!!
O presidente da Netflix, Reed
Hastings participando de uma
conferência em 2017.
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