Table of Contents Table of Contents
Previous Page  43 / 50 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 43 / 50 Next Page
Page Background

TV

U

m levantamento realizado nos Estados

Unidos da América (EUA) pela empresa

de consultoria Leichtman Research, con-

cluído no fim do 1º trimestre de 2017, mostrou

que o serviço de

streaming

de vídeo Netflix su-

perou a TV a cabo em número total de assinan-

tes no país. Ou seja, enquanto a Netflix atingiu

50,85 milhões de usuários no país, o total de

assinantes dos serviços de TV a cabo caiu para

48,61 milhões. Essa inversão do mercado é uma

tendência já constatada há alguns anos. Nota-se

claramente que os grandes grupos de canais de

TV à cabo vem perdendo assinantes, enquanto

a Netflix segue uma trajetória de crescimento.

Por outro lado, a partir de um estudo do

site

Statista

, concluiu-se que: “A Netflix não está

‘roubando’ os usuários das TVs por assinatura,

ou fazendo com que eles ‘roam a corda’ com as

TVs a cabo (como se costuma dizer desses clien-

tes). Na verdade, é a própria base de usuários

da Netflix que vem crescendo.” Tem se concre-

tizado cada vez mais a previsão do presidente

executivo e fundador da Netflix, Reed Hastings,

que afirmou: “Em 20 anos, 90% dos vídeos se-

rão transmitidos pela Internet.” E não se pode

esquecer que nos EUA existem outros serviços

de

streaming

bem populares, como o Amazon

Prime Video e o Hulu.

Voltando à Netflix, no fim de julho de 2017,

apesar do aumento no preço da mensalidade

em alguns de seus planos (principalmente os

mais caros, a empresa alcançou cerca de 104

milhões de assinantes no mundo todo. Esse nú-

mero foi bastante influenciado (e deve melho-

rar ainda mais) por séries de sua própria produ-

ção, como a icônica e cada vez mais vista

House

of Cards

, cuja 5ª temporada foi um enorme su-

cesso (podendo, inclusive, gerar a 6ª em 2018).

O enredo apresenta o casal presidencial for-

mado por Frank Underwood (interpretado por

Kevin Spacey), que nessa temporada se revelou

mais velho, mais grisalho, mais gordo e cada

vez mais canalha; e Claire (protagonizada por

Robin Wright), cujo moto foi:

“Agora é a minha

vez!!!”

Embora ela também tenha sofrido com

a passagem do tempo, continua linda, cada vez

poderosa e mais cruel (ela envenenou seu pró-

prio amante enquanto fazia sexo...).

O fato é que, de um modo geral, as pessoas

estão assistindo cada vez mais vídeos. De acor-

do com o Google, a cada dia mais de 1 bilhão

de horas de vídeo são assistidas no YouTube no

mundo todo. É como se todos os 7,5 bilhões de

habitantes de Terra

tivessem uma cota diária

de 8 min

de vídeos no serviço. Todavia, se nessa

estatística fossem considerados apenas os co-

nectados – algo próximo de 3,4 bilhões de pes-

soas, de acordo com a União Internacional de

Telecomunicações – essa taxa saltaria para

17

min de vídeo por dia

.

O serviço de

streaming

Netflix exibe séries

e filmes equivalentes a

116 milhões de horas

todos os dias

, enquanto a ferramenta de

vídeo

ao vivo

registra o consumo de mais de

100 mi-

lhões de horas de vídeo diárias

. Como se pode

notar, as métricas apresentadas pelas três em-

presas mostram o potencial da Internet para o

consumo de vídeos e, com isso, a nossa relação

com a TV na próxima década pode e deve mu-

dar profundamente!!!

SUPEROU A TV PAGA DOS EUA

EMNÚMERO DE ASSINANTES!!!

O presidente da Netflix, Reed

Hastings participando de uma

conferência em 2017.

M A I O / J U N H O 2 0 1 7