A despeito de tudo isso, o que mais im-
pressionou os especialistas foi a falta de so-
fisticação dos quadros falsos. Apesar de as
telas suspeitas terem a superfície alvejada
por respingos de tinta, exatamente como
fazia Pollock, as obras vendidas tinham
composições bem simplórias; as cores não
seguiam as estratégias cromáticas dos ori-
ginais e, inclusive, os materiais usados não
estavam de acordo com as datas em que as
verdadeiras telas teriam sido criadas.
A diretora do IFAR, Sharon Flescher,
alertou: “Todas essas obras de Jackson Pol-
lock que recentemente surgiram no merca-
do são falsas. Elas estão totalmente equi-
vocadas em termos de estilo e, além disso,
os materiais utilizados não conferem!?!?
Por exemplo, o papelão usado nas obras
datadas dos anos 1940, era novo e flexível
demais para ser daquela época.
Todas essas obras de
Jackson Pollock
que recentemente
surgiramno mercado são falsas
. Elas estão totalmente
equivocadas em termos de estilo e, alémdisso, os
materiais utilizados não conferem!?!? Por exemplo,
o papelão usado nas obras datadas dos anos 1940,
era novo e flexível demais para ser daquela época.
Todavia, o que naturalmente deveria
ter levantado suspeitas por parte dos cole-
cionadores que adquiriram esses quadros
foram os valores praticados. Alguns afir-
maram ter adquirido seus exemplares por
cerca de US$ 100 mil, o que é muito menos
que o praticado no mercado. Note-se que,
em 2006, uma tela de Pollock foi vendida
por US$ 165,4 milhões, o que a colocou en-
tre as mais valiosas do mercado de arte.
Mas, embora os valores pagos tenham
sido muito baixos, eles foram ao mesmo
tempo bastante elevados, uma vez que es-
ses quadros são comprovadamente falsos.
O mais incrível é que falsificadores sempre
tentaram copiar Pollock, por considerarem
que isso seria fácil. Essas pessoas, entre-
tanto, se enganaram, pois essa não é uma
tarefa nada fácil!!!”
J U L H O / A G O S T O / S E T E M B R O 2 0 1 7