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ocê sabe que basta ouvir uma gar-
galhada gostosa para que alguém
também dê uma risada!?!? Pois é, o
Ha! Ha! Ha!
alheio muda a feição de outras
pessoas. E isso tem uma explicação cientí-
fica.
O riso é contagioso
!!!
A causa é a ação dos chamados “
neurô-
nios-espelho
”, que tendem a copiar o com-
portamento do nosso interlocutor. O papel
dessas células já é bem conhecido nos
aspectos visuais da comunicação, assim,
quando duas pessoas estão conversando
e uma cruza a perna e os braços, mexe no
cabelo ou franze a testa, quase que ime-
diatamente o outro indivíduo faz a mesma
coisa.
Acredita-se, também, que o fato de bo-
cejarmos ao ver outra pessoa abrir a boca,
ou se nos emocionarmos com um filme
triste, possam ser explicados pelos neurô-
nios-espelho. Eles estão ligados à nossa ca-
pacidade de compreender o sentimento de
outas pessoas, imitar seus gestos e enten-
der o seu significado. Parece absolutamen-
te verdade a expressão: “
Sorria e o mundo
inteiro sorrir
á
como você!!!
”
E os
neurônios-espelho
não agem ape-
nas quando alguém “vê” um gesto ou “sen-
te” uma emoção. Eles também são aciona-
dos pelos sons. É por isso que toda pessoa
responde com um sorriso involuntário a
uma gargalhada ou a uma comunicação
ruidosa, como, por exemplo, os aplausos
dispensados a um orador.
Seria o riso, de certa forma, uma espé-
cie de exercício físico?
A maioria das pes-
soas pensa que o riso seja algo como uma
“reação a algo engraçado”, ou seja, uma
emoção. Esse entendimento não está erra-
do, mas, além disso, o riso é fundamental-
mente uma ação física, pois envolve a exa-
lação repetida de ar para fora dos pulmões,
quando os músculos do diafragma têm de
trabalhar com intensidade.
Assim, o riso prolongado pode ser do-
loroso e exaustivo, como é o caso de um
exercício físico. A dor surge como um
efeito conhecido para aqueles que fazem
exercícios intensos. Estes fazem com que o
nosso corpo libere endorfinas, que são co-
nhecidas pelo seu papel vital na adminis-
tração da dor e pela indução de uma sen-
HUMOR
OSMOTIVOS E AS RAZÕES
PORQUE DEVEMOS RIR!
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C R I ÁT I C A
T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A