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EDITORIAL

O

Brasil demonstra evidente voca-

ção para as atividades culturais e

criativas, ou seja, para a

econo-

mia criativa (EC)

. De acordo com o últi-

mo relatório da Federação das Indústrias

do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), os

setores ligados a EC responderam por

2,64% do produto interno bruto (PIB) do

País, por 1 milhão de empregos diretos,

pela existência de 200 mil empresas e

instituições, e pela arrecadação de cerca

de R$ 10,5 bilhões em impostos diretos,

o que é bem mais do que é obtido, por

exemplo, pela indústria de eletroeletrô-

nwicos.

Em relação a isso, o dinâmico e vi-

sionário ministro da Cultura, Sérgio Sá

Leitão, comentou: “De fato, os setores

culturais e criativos, isto é, os que cons-

tituem a EC, têm um alto impacto na ge-

ração wde renda e empregos, além de

exercerem um baixo impacto ambiental.

E a EC tem um enorme potencial de ex-

pansão no Brasil, como já foi comprova-

do por um estudo recente da consultoria

PricewaterhouseCooper (PwC), que es-

timou em 4,6% ao ano a taxa média de

sua expansão nos próximos cinco anos,

o que está bem acima da previsão para a

economia nacional como um todo.

Dessa maneira, uma política cultu-

ral eficaz deve ser vista pela sociedade

(e implementada pelos governos) como

um

‘cardápio de ações’

promotoras de

desenvolvimento econômico, cujo ob-

jetivo é estimular o crescimento de um

setor que contribui imensamente para

o progresso do País – e que, aliás, pode

contribuir ainda muito mais!!!

Cultura

gera

renda

, gera

emprego

,

gera

inclusão

, gera

desenvolvimento

e,

acima de tudo, gera um futuro melhor.

Ao longo dos 26 anos de existência da

Lei Federal de Incentivo à Cultura – a Lei

Rouanet, que surgiu em 1991 –, injetou-

-se cerca de R$ 16,5 bilhões na EC. Gra-

ças a ela, foram realizados 50,4 mil pro-

jetos nos âmbitos do teatro, da dança,

do circo, do cinema, da literatura, das

artes visuais, da música, do

design

, do

patrimônio cultural e das festas popula-

res, entre outros.

Para 2017, o incentivo previsto foi

de R$ 1,15 bilhão, o que gerou dezenas

de milhares de empregos – e isso sem

contar os impostos arrecadados, que

MUDANÇAS NA

L

E

I

R

O

U

A

N

E

T

IRÃO INCREMENTAR A

ECONOMIA

CRIATIVA

(EC)

C R I ÁT I C A

T U D O S O B R E E C O N O M I A C R I A T I V A

2

Por Victor Mirshawka,

professor, egenheiro

e gestor educacional.