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N

o Brasil, é inegável que se avançou

em termos quantitativos na educa-

ção, mas esse avanço não nos levou

a uma

educação de qualidade

(EQ) e, inclu-

sive, mais equitativa.

E nas constantes avaliações a que os

nossos alunos são submetidos, como foi o

caso do último ENEM (Exame Nacional do

Ensino Médio), em que entre os 6.193.565

que fizeram o exame foram atribuídos 529,4

mil zeros na redação, sendo que 53% deles

por que não a fizeram e o restante por terem

enveredado por um tema não pedido ou por-

que a quantidade de erros foi demasiada.

Em matemática, o desempenho também

foi pífio.

O pior é que na nossa educação não se

dá ênfase a outras habilidades – além do

domínio de conceitos básicos de matemá-

tica e da língua portuguesa

–,

tais como

saber se comunicar, criticar e usar novos

dados e informações; extrapolar ideias e

conceitos; usar a tecnologia para expandir

projetos; inovar constantemente valendo-se

da criatividade. Nos falta a ambição e a co-

ragem de promover mudanças substantivas

para alcançar uma EQ para todos, ou seja:

rediscutindo seriamente a formação de

professores e o seu novo papel na sala de

aula, na escola e na vida dos alunos; avan-

çar com novas abordagens pedagógicas,

alinhadas com os novos tempos e espaços

de aprendizagem, nos quais os estudantes

possam desenvolver suas habilidades e

seus projetos; definir um currículo nacional

que privilegie a aquisição de competências

básicas de matemática, ciências e língua

portuguesa e também abra possibilidade

para novas aprendizagens da criatividade,

do empreendedorismo, de uma língua es-

trangeira e esteja voltado para o desenvolvi-

mento de habilidades socioemocionais. Um

currículo que também permita certa flexibi-

lidade de conteúdos e disciplinas, em parti-

cular no ensino médio, para que a educação

faça sentido agora e para o futuro próximo.

Para termos uma EQ é vital ter gesto-

res eficazes, especificamente os diretores

de escolas, capazes de pôr em prática as

ações necessárias para que ocorra uma

transformação radical e o Brasil possa eli-

minar o seu atraso e possamos avançar

para uma sociedade com uma geração me-

lhor educada, mais competente e feliz com

as suas realizações.

Caro(a) leitor(a), você tem mais alguma

sugestão para se ter EQ nas escolas públi-

cas e nas privadas?

Deixe seu comentário no site da revista

FALTA PROMOVERMUDANÇAS

SIGNIFICATIVAS PARA SE TER

EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

NO BRASIL

EDUCAÇÃO

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J A N E I R O / F E V E R E I R O 2 0 1 5